Augusto Inácio, treinador do Zamalek, confrontou o presidente do clube, Mortada Mansour, com uma série de questões, acusando o dirigente de mentir e de tentar minar a sua liderança da equipa egipcía com constantes alterações e imposições na equipa técnica. Uma conferência de imprensa surrealista, com tradutor, com o treinador português, «sem medo», a deixar clara a sua posição e a deixar pouco espaço para a futura relação com o presidente.

O conflito já vinha de trás, depois do Zamalek ter terminado, há uma semana, o campeonato egípcio no terceiro lugar, com uma derrota na última jornada, diante do eterno rival Al Ahly (0-2), mas conheceu agora novos contornos.

O treinador português começa por «desmentir» o presidente em relação a Shikabala, antigo avançado do Sporting que, segundo o dirigente, estava a ser afastado da equipa por Inácio, mas o treinador acaba por abordar muitos outros temas, incluindo um alegado «murro e pontapé no português Pedro [Pedro Moreira, analista tático]», facto também frontalmente desmentido com «todo um autocarro como testemunha».

Melhor do que qualquer descrição, o melhor mesmo é ouvir Inácio que fala num português frontal e pouco submisso: