Com apenas 18 anos, Cosmim Lambru é já um exemplo de superação. A prova de que nenhum obstáculo é maior do que a ambição de alguém que persegue um sonho.

Cosmin Lambru tinha apenas sete anos quando perdeu a mão esquerda, esmagada por um camião que se despistou, mas nem isso o impediu de concretizar o desejo de ser futebolista profissional, com a ajuda de uma prótese. 

Estreou-se pela equipa principal do Petrolul em 2016, quando tinha apenas 17 anos, mas agora a sua história volta a merecer destaque (na Roménia e na imprensa internacional), pela estreia na Taça da Roménia, na terça-feira, diante do Mioveni (1-1 e 3-4 os penáltis).

«Passei um mês e meio internado. Deitado na cama do hospital, de costas, com o braço metido no abdómen, para regenerar os tecidos. Não podia mexer-me, de todo. Sempre que olhos para a cicatriz lembro-me desse momento. Mas embora fosse uma criança disse a mim mesmo que não ia desistir do sonho de ser jogador», disse o jogador, em entrevista recente ao «Libertatea».

Lambru teve uma primeira prótese comprada na Roménia, mas que se deteriorou rapidamente. A atual foi conseguida junto da fundação de Alex Zanardi, o piloto italiano que perdeu ambas as pernas na sequência de um acidente em 2001, mas que conseguiu regressar depois à competição.

«Quando voltei ao futebol aprendi coisas novas. Especialmente a cair, só com um braço. Não foi fácil, mas nunca me queixei. Nunca me queixo», acrescentou Lambru.

Na referida entrevista o jovem avançado assume que é fã do Barcelona e de Lionel Messi, mas fala também de um ídolo português: Filipe Teixeira, atualmente no Steaua.