José Mourinho está a três vitórias de se sagrar oficialmente campeão inglês. Colocado de outra forma, o Chelsea apenas precisa de conquistar mais nove pontos para garantir matematicamente o título. Numa época de eleição para o treinador português, chega a ser arrebatador pensar que quando ainda há vinte e um pontos em disputa, à formação londrina apenas bastam nove para subir ao mais alto degrau do pódio da liga inglesa, um degrau que não alcança há mais de cinquenta anos.
Esta tarde, na visita ao campo do Southampton, Mourinho estruturou um onze sem qualquer português no onze titular. O que também é uma novidade. Quando faltam quatro dias para o confronto dos quartos-de-final da Liga dos Campeões frente ao Bayern Munique, o treinador preferiu dar descanso a jogadores como Ricardo Carvalho, Tiago e Drogba. Paulo Ferreira ficou de fora por lesão, ele que foi operado este sábado, enquanto Nuno Morais foi um dos dois convocados que ficaram na bancada.
Com a habitual mecanização táctica, na qual Joe Cole fazia a ligação com o ataque onde Kezman era desta vez o homem mais adiantado, o Chelsea entrou no jogo a mandar claramente, a dominar e a marcar. Frank Lampard, logo aos 22 minutos inaugurou o marcador, enquanto Gudjohnsen, pouco antes da saída para o intervalo, fez o segundo golo. Com a habitual consistência colectiva, e sem necessitar de acelerar loucamente, os londrinos conseguiam sair para o intervalo com uma vantagem muito confortável.
Logo no reatamento Mourinho lançou Tiago, deixando nos balneários em gestão de esforço Joe Cole. O Chelsea tornou-se uma equipa de maior contenção. Com muita certeza no passe, e com grande dinâmica, os londrinos iam segurando a bola no habitual jogo de paciência. Os dados alteraram-se quando faltavam vinte minutos para o final. Gudjohnsen esqueceu-se de marcar um adversário que pôde assistir Kevin Phillips para o golo do Southampton. Ora perante o espectro do empate, o Chelsea voltou a acelerar e sentenciou a partida um quarto de hora depois. Gudjhonsen redimiu-se do erro anterior com o remate final depois de uma jogada sempre ao primeiro toque.
Onze do Southampton: Niemi; Delap, Lundekvam, Jakobsson e Bernard; Telfer, Redknapp, Quashie e Le Saux (Svensson, 63); Camara (Kevin Phillips, 63m) e Crouch.
Onze do Chelsea: Cech; Glen Johnson, Robert Huth, John Terry e Gallas; Makelele, Lampard e Joe Cole (Tiago, 45m); Gudjohnsen, Kezman (Drogba, 65m), e Duff (Jarosik, 80m).
Resultados da 31ª jornada
Sábado:
Southampton-Chelsea, 1-3
(Kevin Phillips, 69m) (Lampard, 22m; Gudjohnsen, 39m e 83m)
Newcastle-Aston Villa, 0-3
(Juan Pablo Angel, 7m; Barry, 73m, g.p.; Barry, 80m, g.p.)
Charlton-Manchester City, 2-2
(Bartlett, 10m; Perry, 90m); (Hreidarsson, 4m, p.b.; Fowler, 38m)
Arsenal-Norwich, 4-1
(Henry, 21, 22 e 66m; Ljungberg, 50m); (Huckerby, 30m)
Birmingham-Tottenham, 1-1
(Carter, 68m); (Kelly, 59m)
Crystal Palace-Middlesbrough, 0-1
(Queudrue, 35m)
Manchester United-Blackburn, 0-0
Liverpool-Bolton, 1-0
(Biscan, 86m)
Domingo:
Fulham-Portsmouth
West Bromwich-Everton