A partida teve emoção à altura das expectativas, mas nem por isso foi bem jogada. A Inglaterra, rotinada já num jogo contido, compacto e pouco aventureiro não conseguiu dar a volta durante todo o tempo em que esteve em vantagem. O Brasil complicou de mais o seu jogo mas foi feliz nos golos. Tudo pareceu complicar-se com a expulsão de Ronaldinho, mas aí foi a Inglaterra quem não esteve à altura do momento.

FINAL. O Brasil está nas meias-finais do Mundial.

A Inglaterra pressiona nos últimos momentos, joga-se na área do Brasil.

Vão jogar-se quatro minutos de compensação.

Nicky Butt cabeceia por cima da barra, na sequência de um canto apontado por Beckham. Estava aqui a oportunidade do empate da Inglaterra.

O Brasil dispõe de uma boa oportunidade de ataque, com Edilson a subir, acompanhado por Rivaldo e Cafú. Mas Rivaldo demora muito, o suficiente para a defesa inglesa se organizar, e quando dá para Cafú já não há muito a fazer.

Cartão amarelo para Ferdinand

Eriksson coloca dois homens para a frente. A ver se o ataque inglês ganha nova dinâmica.

Substituição na Inglaterra. Sai Ashley Cole, entra Sheringham.

Substituição na Inglaterra. Sai Ashley Cole, entra Sheringham.

Substituição na Inglaterra. Sai Owen, entra Vassell

Substituição na Inglaterra. Sai Owen, entra Vassell

Esperava-se que a Inglaterra tomasse conta do jogo, mas a equipa orientada por Eriksson não o faz com muita convicção.

Cartão amarelo para Scholes, por falta sobre Rivaldo.

Mills remata da esquerda, mas a bola ainda é desviada para canto.

Substituição no Brasil. Sai Ronaldo, entra Edilson, que estava há vários minutos a receber instruções de Scolari.

Substituição no Brasil. Sai Ronaldo, entra Edilson, que estava há vários minutos a receber instruções de Scolari.

Roberto Carlos faz a bola bater na barreira na marcação de um livre.

A expulsão de Ronaldinho, que estava a ser o grande motor do Brasil, mudou a face do jogo. A partida está com pouco ritmo.

Beckham cai na área perante a oposição de Edmilson, mas o árbitro manda seguir.

CARTÃO VERMELHO para Ronaldinho, por uma entrada a pisar o pé de Danny Mills. O Brasil passa a jogar com dez.

Substituição na Inglaterra. Sai Sinclair, entra Dyer.

Substituição na Inglaterra. Sai Sinclair, entra Dyer.

A Inglaterra joga com perigo na área do Brasil, na marcação de um livre do lado direito. A defesa brasileira afasta, Ashley Cole ainda tenta a recarga, mas não dá nada.

GOLO DO BRASIL (1-2, por Ronaldinho Gaúcho). O brasileiro marca um livre de longe e surpreende Seaman, que está demasiado avançado e fica a ver a bola passar-lhe por cima, para entrar na baliza.

Owen tenta o remate, na marcação de um livre de Beckham, mas o árbitro assinala falta do avançado inglês.

Recomeça o jogo em Shizuoka

INTERVALO - O golo do Brasil era precisamente aquilo de que o jogo precisava. A Inglaterra vai menos descansada para os balneários, depois de uma primeira parte em que tudo corria bem até aos descontos. Os homens de Eriksson jogaram como sempre neste Mundial - de forma compacta, curta, muito disciplinada. O Brasil nunca conseguiu contrariar essa estratégia, perdendo-se em tentativas de ataque complexas, que acabavam quase sempre com a perda de bola. Aí, aproveitava a Inglaterra, como fez no golo de Owen.

GOLO DO BRASIL (1-1, por Rivaldo). O Brasil sai rápido para o ataque, com a bola nos pés de Ronaldinho Gaúcho, que faz uma grande jogada a solo, aguenta a oposição e consegue dar para a direita. A bola passa por vários jogadores ingleses e chega a Rivaldo, que remata de pé esquerdo para a direita de Seaman. O Brasil empata com um grande golo.

O árbitro dá quatro minutos de compensação

Seaman recupera, a partida é reatada.

Seaman lesiona-se, na subida a uma bola. O guarda-redes salta sobre Campbell, quando Rivaldo ameaçava o remate, e cai mal. O jogo é interrompido para que o guardião inglês possa ser assistido.

A Inglaterra entregou definitivamente o jogo ao Brasil. O «escrete» tenta fazer o seu jogo, mas não consegue simplificar métodos. A defesa inglesa está sempre onde deve.

Agora foi quase. Roberto Carlos rematou de longe e fez a bola passar a rasar a trave e cair em cima das malhas exteriores da baliza.

Ronaldo ganha a bola na área perante a oposição de Ashley Cole e tenta o remate, mas Seaman defende.

Beckham sai lesionado, com queixas no pé. Mas volta rapidamente, para alívio dos adeptos ingleses.

GOLO DA INGLATERRA (1-0, por Owen). Na recepção a um cruzamento de Heskey o avançado inglês aproveita uma fífia de Lúcio, que na tentativa de interceptar a bola acaba por a amortecer, mesmo ao jeito do remate de Owen. A defesa brasileira facilitou, a Inglaterra aproveitou.

Ronaldo combina com Rivaldo e tenta o remate à entrada da área, mas Seaman defende.

Rivaldo toca para Roberto Carlos, na marcação de um livre indirecto, e o lateral faz a bola sair ao lado da baliza de Seaman.

Scholes recebe um passe de Butt e tenta o remate, à entrada da área, mas Edmilson controla a bola, evitando a intervenção de Marcos.

Jogo muito contido nestes minutos iniciais. Sobretudo por parte da Inglaterra, que mantém a estratégia adoptada ao longo do campeonato, jogando em bloco, muito compacta, avançando apenas a espaços.

Ronaldinho Gaúcho tenta uma jogada rápida e dá para Rivaldo, no lado esquerdo, mas o avançado não consegue superar a oposição de Mills.

Rivaldo tenta um remate de longe e faz a bola passar ao largo da baliza de Seaman.

Marcos segura a bola sem problemas após um cabeceamento de Heskey.

Sinclair ganha o primeiro canto para a Inglaterra, Beckham converte, para Marcos segurar.

Começa o jogo, sai a Inglaterra.

Está quase a ter início aquela a que chamaram a final antecipada do Mundial 2002.

As equipas já subiram ao relvado, ouvem-se os hinos.

O Brasil vai jogar com o equipamento alternativo, de camisola azul. É coisa que não agrada muito às susperstições brasileiras, mas ontem o chefe da delegação tentou acabar com as últimas reservas - chamou os jogadores, puxou de uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e mostrou que o manto da santa, padroeira da selecção, é azul. Pronto.

Uma alteração na equipa do Brasil, com a entrada de Kléberson para o lugar de Juninho Paulista no meio-campo. No onze inglês não há novidades.

INGLATERRA - Seaman, Mills, Ferdinand, Campbell, Ashley Cole, Beckham, Butt, Scholes, Sinclair, Owen e Heskey. Suplentes: Martyn, James, Wes Brown, Bridge, Keown, Southgate, Hargreaves, Joe Cole, Dyer, Fowler, Sheringham e Vassell.

BRASIL - Marcos, Lúcio, Roque Júnior, Edmilson, Cafú, Gilberto Silva, Kléberson, Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Ronaldo. Suplentes: Dida, Rogério Ceni, Beletti, Anderson Polga, Júnior, Ricardinho, Vampeta, Juninho Paulista, Kaká, Denilson, Edilson e Luizão.

Não se esperam grandes alterações nas duas equipas, mas, pelo sim pelo não, Scolari escondeu o jogo. Nos últimos dias o Brasil não fez treino táctico, limitando-se a sessões de trabalho para inglês ver, e pela primeira vez o técnico não deu o onze antes da partida.

A uma hora do início da partida estão 28 graus e 57 por cento de humidade em Shizuoka. Também ameaça cair alguma chuva, o que os ingleses agradecem.

As duas equipas não têm problemas sérios de lesões. Na Inglaterra a dúvida residia na condição de Owen e Scholes, mas ambos foram dados como aptos.

Mas a Inglaterra também tem um argumento de peso do seu lado - David Beckham. O «Spice Boy», estrela das colunas sociais e dos penteados caprichados, é o grande ídolo dos adeptos nipónicos.

Milhares de adeptos ingleses e brasileiros começaram a chegar ao estádio de Shizuoka horas antes da partida. O «escrete» deve ter larga vantagem nas bancadas, porque também tem a maioria dos japoneses do seu lado.

Frente a frente estará também a melhor defesa da prova, a nova Inglaterra de Eriksson, que apenas sofreu um golo na competição, e o melhor ataque, o do «escrete», que já leva 13 golos. Ronaldo e Rivaldo marcaram em todos os jogos.

O último Inglaterra-Brasil foi palco daquela que ficou conhecida como a defesa do século. Foi de Gordon Banks, o remate era de Pelé, mas Jairzinho acabou por dar a vitória ao Brasil.

Este é o quarto encontro ente as duas equipas em fases finais do Campeonato do Mundo. Para o Brasil, todos representaram uma espécie de talismã, porque o escrete foi campeão em todos esses anos - em 1958, 1962 e 1970. Em 1994 não precisou de pedir licença à Inglaterra, a ver como é em 2002.

A partir das 7:30 horas, Inglaterra e Brasil discutem o pimeiro lugar disponível nas meias-finais do Mundial 2002. Para muitos, tem tudo para ser um dos melhores jogos do Campeonato do Mundo, apesar de os ingleses ameaçarem ficar muito atrás. Siga tudo ao minuto, sem perder qualquer acção.