Lição tática de Antonio Conte, inspiração indvidual e coletiva do Chelsea, humilhação aplicada ao Manchester United em forma de golos. Quatro golos sem resposta, José Mourinho de olhos tristes e cabeça baixa no regresso a um sítio onde já foi muito feliz.

Não é fácil perceber este péssimo ManUtd. Quase todas as unidades em subrendimento, um centro da defesa frágil e primário, um meio campo sem ideias, dois extremos que insistem em cruzamentos atrás de cruzamentos absolutamente inofensivos.

FICHA DE JOGO DO CHELSEA-MANCHESTER UNITED

Aos 35 segundos já o Chelsea ganhava. Início pior era impossível para Mourinho. Passe a rasgar a defesa do United na diagonal, Pedro a fugir da direita para o meio, De Gea a precipitar-se na saída da baliza. Smalling e Blind ficaram muito mal na imagem.

A meio do primeiro tempo, o segundo erro mortal do United, agora num lance de bola parada. Dois ressaltos, pontapé de Gary Cahill, bola a desviar em Blind e De Gea batido.

Tudo o que podia correr mal, corria. José Mourinho ainda introduziu o futebol pensante de Juan Mata ao intervalo - saiu o sobrevalorizado Fellaini -, mas logo depois perdeu Eric Bailly por lesão e viu Eden Hazard fazer o 3-0.

Mais um bom passe de Matic, mais uma abordagem deficitária da defesa do United, com Smalling (que jogo grotesco!) a ser incapaz de parar o belga.

O United tinha boa vontade, é verdade, mas as fundações do seu jogo são rudimentares e previsíveis. Mais bola, muitos passes lateralizados e Ibrahimovic entregue aos três leões do centro da defesa blue.

Para tornar o cenário mais constrangedor, pelo menos do ponto de vista dos red devils, N'Golo Kanté pegou na bola, dançou perante Smalling (claro) e sentou David De Gea. Até o médio defensivo francês marcou ao United, ele que na época passada fizera apenas um golo na sensacional caminhada do Leicester.

O United de José Mourinho tem sérios problemas. Graves. O treinador português está há mais três meses em Old Trafford e a imagem de marca do seu futebol é... qual é? Pois, não é fácil encontrar um dado visível incutido pelo trabalho de Mourinho.  

Os homens de Manchester ficam a seis pontos do trio de líderes na Premier League: ManCity, Arsenal e Liverpool.