José Mourinho não escondeu a satisfação por poder voltar a contar com Thibaut Courtois, «o melhor guarda-redes do mundo», recuperado de uma lesão grave que o afastou dos relvados nos últimos três meses. O treinador do Chelsea falou ainda da polémica com Diego Costa, garantindo que está tudo bem com o avançado espanhol que está, tal como o guarda-redes belga, convocado para o jogo com o Bournemouth.
 
Uma boa notícia que o treinador deu logo a abrir a conferência de imprensa de antevisão do jogo deste sábado com o Bournemouth. «O John [Terry], o Ramires  e o Falcao continuam de fora. O Courtois de volta. Ainda não posso dizer se vai jogar porque ainda não falei com ele e os jogadores têm de ser os primeiros a saber. Mas tendo em conta o valor que tem, mais tarde ou mais cedo vai estar a jogar, se não foi agora com o Bournemouth, será com o FC Porto», referiu.
 
Uma boa notícia como se pode depreender das palavras do treinador. «O Courtois é o Courtois. Estávamos preparados para ficar sem ele por um ou dois jogos, estávamos bem protegidos, mas perder o número um por três meses foi difícil. Foram três meses em que fizemos dezanove jogos, não foi fácil. Agora estamos outra vez com o melhor do mundo e com outro muito bom», acrescentou. O treinador revelou ainda que Matic vai jogar com uma máscara de proteção, depois de ter sofrido uma «dupla fratura» no nariz e na face no decorrer do jogo com os Spurs.
 
Seguiu-se a polémica em redor de Diego Costa que, no último jogo, frente ao Tottenham, atirou com o colete depois de ter estado a aquecer e de não ter jogado. José Mourinho garante que está tudo bem com o avançado. «É a mesma coisa. Está convocado, mas não posso dizer se vai jogar porque ainda não falei com ele. Mas está tudo bem, treinou muito bem. Não posso dizer que esteve melhor do que nunca, porque ele treina sempre bem, mas foi uma boa semana para ele. É o que me interessa», referiu.
 

 
Uma polémica que se estendeu para o jantar de Natal do Chelsea, depois de Diego Costa ter sido fotografado a deixar o restaurante já de madrugada. «Acho que os fotógrafos tiveram um problema nos cartões de memória. Estavam lá 25 jogadores e só apanharam três. Sabíamos desse jantar. Escolhemos uma semana sem três jogos, em que tudo estava calmo, sem acumulação, sem stress. Pediram-me a opinião sobre a melhor data para o fazer, pedi para ser longe do Natal porque nessa altura vai ser complicado. Na manhã seguinte estavam todos bem. Os paparazzi é que não foram os melhores», comentou.
 
Apesar de tudo, os jornais ingleses colocam em causa o futuro de Diego Costa no Chelsea. «Futuro? Porquê? Ficou no banco num jogo o que para mim é perfeitamente natural, não há problema nenhum. Acho que o Diego tenta dar sempre o seu melhor, às vezes é fenomenal, outras vezes não é tão bom, mas dá sempre o seu melhor Preciso que ele seja o que é, que dê o melhor de si», comentou ainda.
 
Mourinho comentou ainda a recente renovação de Cahill. «É bom para ele, bom para o clube. Ele gosta e estar aqui e é um jogador importante para nós. É uma dos 14/15 jogadores que estão sempre presentes. É inglês, internacional, acho que toda a gente está contente», referiu.
 
Uma semana marcada pela contratação de Gary Neville para treinador do Valencia. «Não tenho conselhos para lhe dar, desejo-lhe apenas boa sorte. Há sempre um primeiro dia para um treinador. Todos nós tivemos um primeiro dia. Se ele quer ser treinador, tem de ter um primeiro dia. Foi um grande jogador, um grande comentador, agora vai ter funções completamente diferentes, mas se aceitou o desafio é porque se sente preparado. No banco não vai poder fazer pausa e voltar atrás, não vai poder tocar no ecrã», referiu.
 
Em Espanha chegou-se a falar também no nome de Mourinho para o Valencia, tendo em conta a boa relação do treinador português com Jorge Mendes. «Não, o proprietário do Valencia conhece-me bem e sabe que não quero sair, sabe que quero ficar no Chelsea. Por isso não vale a pena», destacou.
 
Quanto ao jogo desta sábado, frente ao Bournemouth, Mourinho espera, acima de tudo, manter a sequência de jogos sem derrotas, sem fazer poupanças para o jogo seguinte, com o FC Porto. «Espero que sim. Tenho de ter cautelas, porque na Premier League nunca se sabe o que vem a seguir. Quando treinei o FC Porto, podia pensar no jogo seguinte porque a percentagem de vitórias era tão alta que podíamos gerir e pensar noutros jogos, mas aqui na Premier League não é possível, ainda por cima na situação em que estamos», referiu ainda.