Maurizio Sarri assume que o desafio que encontrou no Chelsea está a ser mais difícil do que esperava depois da equipa ter consentido a derrota mais pesada na Premier League nos últimos 23 anos, na passada quarta-feira, diante do Bournemouth (0-4). O treinador italiano explica que está a procurar criar uma nova identidade na equipa e, nesse sentido, está em desvantagem em relação aos adversários diretos.

«Provavelmente sim, já sabia que o nível era muito alto, mas a equipa jogava outro futebol e ganhou com outro futebol», começou por destacar o treinador italiano, esta sexta-feira, em conferência de imprensa.

Sarri considera que Liverpool, Manchester City e Tottenham partiram em vantagem, esta época, por contarem com treinadores que trabalham as respetivas equipas há vários anos. «Toda a gente há dez anos conhecia o Barcelona, eles ganharam tudo porque jogavam bem o futebol deles. Eu quero jogar o meu futebol», insistiu.

O treinador italiano tem sido criticado por montar a equipa em redor de Jorginho, mas Sarri não abdica das suas ideias. «Porquê? Em primeiro lugar quero aplicar bem o plano A. Não quero mudar alguma coisa que não esteja a funcionar, quero ver a equipa a jogar bem e depois ver se posso mudar alguma coisa», destacou.

Depois da pesada derrota diante do Bournemouth, Sarri esteve reunido com os jogadores ao longo de 50 minutos no balneário. «Não ataquei os jogadores, falei com eles porque precisava de entender. Disse que se calhar não estava a conseguir motivá-los. Se existe um problema psicológico pode ser dos jogadores, da equipa técnica ou do clube. Devemos estar a fazer algo de errado. Faz parte das minhas funções, obviamente, mas eu quero mudar a mentalidade», referiu ainda.