O Governo britânico admitiu ao jornal The Athletic que os castigos aplicados ao Manchester City foram discutidos entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a embaixada britânica nos Emirados Árabes Unidos (EAU).

O clube foi acusado pela Premier League de 115 irregularidades financeiras entre 2009 e 2018, por não ter prestado informações corretas sobre a proveniência de patrocínios, acusações que o Manchester City sempre negou.

Nesse sentido, o referido jornal solicitou a correspondência relacionada com esse castigo e que foi trocada entre os Negócios Estrangeiros e a embaixada em Abu Dhabi, pedido que lhe foi recusado.

Apesar de o pedido do The Athletic ser sustentado pela lei da liberdade de informação, o Ministério dos negócios estrangeiros admitiu a existência de correspondência, mas recusou prestar as informações requeridas.

O governo justificou a nega dada ao jornal defendendo que a divulgação dos referidos dados poderia «prejudicar as relações bilaterais entre o Reino Unido e os EAU», mas o jornal recorreu da decisão.

O Manchester City também recusou responder ao jornal por que razão estará o governo preocupado em prejudicar as relações com os EAU, se o clube não é propriedade do Emirado, mas não receber qualquer resposta.

Também em silêncio ficou a Premier League quando questionada sobre se houve pedidos de informação do governo em relação às acusações feitas ao Manchester City.

O facto de as entidades recusarem prestar mais informações relacionadas com este tema está a fazer adensar as dúvidas sobre as alegadas ligações do Estado dos EAU ao Manchester City.