A UEFA está determinada a agir contra a possibilidade dos clubes recorrerem a terceiras partes, como empresários ou fundos, para adquirir jogadores que não poderiam comprar sozinhos. O órgão máximo que gere o futebol europeu está preocupado com o elevado número de clubes que podem não cumprir com os regulamentos de «fair-play» e considera ainda que, este sistema, pode ameaçar a verdade desportiva das competições europeias.

Fundos: Portugal abraçou o fenómeno, UEFA preocupada

«A detenção dos passes de jogadores por terceiras partes é uma ameaça para a integridade das competições – se o um individuou ou uma empresa é proprietária ou controla vários jogadores em vários clubes, isto pode ter influência sobre os resultados», referiu, recentemente, Gianni Infantino, secretário-geral da UEFA, numa conferência de imprensa, em Nyon, onde analisou os critérios de «fair-play» e se mostrou determinado a afastar, a curto prazo, os clubes que recorram a esses esquemas das competições europeias.

«Fair-play» financeiro: UEFA investiga 76 clubes

Além disso, segundo Infantino, está também em causa uma questão «ética e moral» quando uma terceira parte detém parte ou a totalidade dos direitos económicos de um jogador, podendo provocar, inclusive, instabilidade contratual. «Os clubes podem ficar sujeitos a investimentos especulativos de uma terceira parte por comprarem jogadores que não podem pagar», destacou ainda o secretário-geral da UEFA.

O dirigente revelou ainda que a UEFA está determinada a combater este problema e que já tomou uma decisão de princípio de proibir que os clubes que detenham jogadores cuja propriedade é partilhada por uma terceira parte não possam competir nas competições europeias.