A Suécia proibiu, esta quarta-feira, a ocultação do rosto nos eventos desportivos, devido à violência dos adeptos «ultra» nos estádios de futebol.

A medida, apresentada pelo Ministério do Interior sueco em junho de 2016, entra em vigor a 1 de março deste ano. Fogem à regra motivos religiosos ou pessoas que, ao serviço nos recintos desportivos, usem certos equipamentos, como bombeiros ou polícia.

Será, assim, proibido «dissimular toda a parte do rosto, de tal forma que seja mais difícil de ser identificado». A transgressão da medida pode levar a uma pena máxima de seis meses de prisão.

Os estádios de futebol na Suécia têm sido regularmente palco de batalha entre adeptos rivais: em 2015, um adepto do Djurgarden morreu após ter sido atacado na rua por um rival do Helsingborg.

Da polícia sueca, posições contrárias. Os seus responsáveis defendem que a aplicação da pena vai trazer mais confusão do que o contrário. «Pensamos que será complicado para os espectadores saber onde se situa o limite entre o autorizado e o que não se pode fazer», argumentou o diretor jurídico da polícia nacional.

Lars Tonneman acrescenta que será «desnecessariamente difícil para a polícia no terreno determinar quando um rosto mascarado é uma expressão de convicção religiosa ou quando a pessoa evoca um falso pretexto».