O antigo atleta paralímpico, Oscar Pistorius, vai sair em liberdade condicional em 5 de janeiro do próximo ano, uma década após o assassinato da sua namorada, do qual foi considerado culpado, informaram as autoridades.

«O departamento de serviços penitenciários confirma a libertação condicional de Oscar Pistoritus, a partir de 5 de janeiro de 2024», lê-se no comunicado das autoridades sul-africanas, após a reunião de um comité designado para analisar a possível libertação do ex-atleta, detentor de vários títulos paralímpicos.

Oscar Pistorius cumpre numa prisão de Pretória uma pena de prisão de 13 anos e cinco meses, pela morte da namorada Reeva Steenkamp, em 2013.

Em 2016, o ex-atleta foi condenado a seis anos de prisão, mas viu, em 2017, a pena ser aumentada para 13 anos e cinco meses de cadeia, pelo Tribunal Supremo de Apelação, que confirmou a acusação dos procuradores que, no processo de recurso, consideravam que a sentença inicial era «demasiado indulgente».

Em março passado, o sul-africano, de 37 anos, viu ser-lhe rejeitado um pedido semelhante, depois de as autoridades terem considerado que ainda não tinha cumprido metade da pena, como prevê a lei do país.

No entanto, o Tribunal Constitucional esclareceu, posteriormente, que a contagem da pena deveria ser feita a partir da primeira detenção e não da data em que a mesma foi aumentada.

Na noite de 13 para 14 de fevereiro de 2013, Pistorius baleou a namorada, de 29 anos, através da porta da casa de banho, alegando julgar tratar-se de um ladrão, provocando-lhe a morte com quatro tiros.

Recorde-se que Oscar Pistorius foi campeão paralímpico dos 200 metros em Atenas2004 e dos 100, 200 e 400 metros em Pequim2008. Foi ainda medalha de prata nos 200 metros de Londres2012 e bronze nos 100 metros de Atenas2004.