A detenção do suspeito da autoria do atentado contra o autocarro do Borussia Dortmund pode ser benéfica para o conjunto alemão. Na conferência de imprensa de lançamento do confronto com o Borussia Monchengladbach, Thomas Tuchel considerou que os progressos nas investigações vão ajudar os futebolistas da emblema germânico a superar o trauma.

«Estou convencido que para todos nós, que fomos atingidos diretamente, é muito importante haver uma explicação. Se os motivos forem esclarecidos, isso vai ajudar-nos muito a superar», admitiu o técnico.

Segundo a Procuradoria Federal alemã, por trás do ato terrorista terão estado questões económicas. «Para mim, é impossível compreender, emocionalmente ou racionalmente, que se possa fazer uma coisa assim», prosseguiu Tuchel, acrescentando que o trabalho até ao final da época passa por contrabalançar a situação pessoal com a exigência competitiva.

«O meu trabalho é encontrar um equilíbrio. Somos desportistas de alto nível, não precisamos de desculpas ou de álibis, mas esta situação é excecional», disse.

Sem surpresa, as medidas de segurança em redor da equipa aumentaram. O técnico do Borussia compreende, mas admite alguma angústia. «Ver os polícias à nossa volta fortemente armados faz-nos sentir que a situação não é normal», rematou.

Entretanto, o diretor-executivo anunciou esta sexta-feira que o Borussia está em vias de criar uma unidade de proteção aos seus jogadores. «Efetuei nos últimos dias algumas entrevistas a especialistas em segurança, alguns ex-membros do GSG9 [unidade de elite da polícia] e do BKA [polícia criminal federal]», informou Hans-Joachim Watzke.

O dirigente está mesmo motivado em gastar muito dinheiro para reforçar a segurança da equipa. Recorde-se que as três explosões da semana passada provocaram ferimentos em Marc Bartra e num polícia.