Esteve Calzada é novo CEO do Al Hilal, de Jorge Jesus, e concedeu agora uma entrevista ao jornal espanhol Marca. Em declarações ao órgão de comunicação social do país vizinho, o antigo dirigente do Manchester City afirmou que na Arábia Saudita não há dinheiro ilimitado.

«Não, claro que não temos dinheiro ilimitado. Temos um orçamento e temos que cumpri-lo, é o que o meu conselho de administração me pede. É a mesma coisa que pedem aos executivos que estão na Europa, para cumprir a lei. Resultados, que não me desvie do orçamento que deve ser definido, que não desperdicemos... No meu caso tenho objetivos claramente marcados que não são diferentes da forma como outras equipas europeias operam.»

Nas mesmas declarações, Calzada deu o exemplo de Rúben Neves para demonstrar que não são apenas os jogadores em final de carreira que rumam à Arábia Saudita.

«Vejam os casos de Rúben Neves, Milinkovic-Savic, Mitrovic, Malcom ... todos eles chegaram no auge da carreira, com 25, 26, 27 anos... Muitos jogadores ofereceram-se quando souberam que eu vinha para cá.»

O dirigente espanhol acredita que a Arábia Saudita não é apenas mais uma bolha no mundo do futebol.

«Não é uma bolha, principalmente porque aqui há adeptos de futebol. Sempre que a nossa equipa joga, o estádio está cheio e o ambiente que se cria nos grandes jogos, como contra o Al Nassr, que tive a oportunidade de vivenciar ao vivo, não tem nada a invejar ao europeu. Além disso, existe um plano de crescimento estável e, como digo, uma grande base social. No dia do anúncio da minha contratação, sem escrever nada, os meus seguidores nas minhas contas nas redes sociais duplicaram. É por isso que não é uma bolha, é algo muito real.»