Pablo Aimar (38 anos) disse adeus ao futebol na terça-feira com a camisola do Estudiantes de Río Cuarto, em jogo da Taça da Argentina. 

A equipa da terra do ex-benfiquista foi eliminada, após empatar a zero, mas o encontro ficou marcado pelo adeus de ‘El Mago’ que conseguiu despedir-se com o irmão Andrés em campo e com Marcelo Bielsa na bancada.
 
Uns dias antes da despedida oficial a FIFA entrevistou o médio, que revelou que «ficaram muitas coisas por fazer»: «Mil coisas. Um monte delas. Perdi a Champions, não ganhei o Mundial a não ser em sub-20.»
 
«Começamos todos a jogar e sonhamos com o máximo: ganhar um Mundial. Jogar e fazer o golo de Iniesta ou de Goetze. Eles seguramente também têm coisas que gostariam de fazer e ainda não fizeram, mas conseguiram essas e outras.»
 
No entanto, Aimar admite que foi muito feliz a jogar futebol e que gostava de ainda ter idade para continuar a fazê-lo como quando tinha 25 anos.
 
O melhor de ser jogador de futebol? «Jogar com uma bola», começou por dizer, acrescentando: «O dia a dia, estar com os companheiros de equipa, divertir-me e rir durante o treino todo. Isso é o que mais sinto falta, mas se calhar antes não dávamos valor.»
 
«Quando és profissional não tens de alugar um campo para jogar, como o faço agora com os meus amigos, dão-te a melhor roupa e as melhores botas. Isso tudo porque fazes aquilo que gostas, aquilo que te apaixona. Tratam-te de uma maneira inigualável», disse, recordando também o pior do futebol: «As lesões. Ver que os teus colegas vão treinar e jogar e tu não podes.»
 
Na mesma ocasião, Aimar disse ainda não saber quem possa dizer que sabe de futebol. «O futebol tem tantas variantes, está tão ligado à sorte. Não sei se alguém pode dizer ‘esta é a maneira, se jogares assim ganhas’. Podem falar de estatísticas, mas não sei se saber de futebol é saber dizer que ‘no mundial de 70 se marcaram tantos golos’. Isso é saber da história, não de futebol.»