O Ministério do Trabalho argentino travou, na passada terça-feira, uma greve convocada pelo Sindicato dos Árbitros Desportivos da República Argentina (SADRA).

A greve tinha sido planeada pelo Sindicato na sequência das recentes agressões de jogadores e adeptos a uma equipa de arbitragem, num jogo do quarto escalão, e pretendia um reforço nas medidas de segurança para os juízes.

Mas a iniciativa foi travada por uma Conciliação Obrigatória decretada pelo governo. O documento é válido até 29 de dezembro e prevê um entendimento entre todas as partes envolvidas no processo, sendo esperado que, até à data, um novo protocolo de segurança seja assinado.

Guillermo Marconi, presidente do Sindicato, reagiu à decisão e deu a entender que o organismo podia desobedecer ao documento. «O sindicato podia desobedecer à conciliação obrigatória se as propostas para o reforço da segurança nos estádios não forem satisfatórias», afirmou, embora reconheça que «não há maneira de a evitar».

«Não há nenhuma maneira de evitar a conciliação obrigatória, mas o lado positivo é que a AFA [Federação Argentina de Futebol] se comprometeu a alterar o protocolo de segurança», explicou.

A greve do SADRA comprometeria o Super Clássico entre River Plate e Boca Juniors, deste fim-de-semana.