Diego Maradona defendeu esta quinta-feira a continuidade de Edgardo Bauza na seleção argentina, ressalvando que os jogadores não podem baixar tanto de rendimento.
«O que mais me impressionou na seleção foram os jogadores novos, jogadores que nunca jogaram juntos e a quem não se notou a camisola. Isso é o mais grave. Bauza tem um ferro quente nas mãos. Vai ter de o aguentar», começou por dizer Maradona em entrevista ao programa de rádio La Oral Deportiva.
A situação da albiceleste não é indiferente para «El Pibe», campeão do mundo em 1986. A antiga glória lembrou que o país já está na zona de repescagem e que «não pode deixar de estar num Mundial».
«A verdade é que fiquei muito triste ao ver que não tivemos reação, que jogámos mal. As linhas estavam separadas e em cada que vez tínhamos a bola o jogador mais perto estava a 30 metros», indicou.
Recorde-se que a Argentina perdeu (2-0) na Bolívia horas depois de ter sido informada do castigo da FIFA a Messi, impedindo o craque de dar o contributo à equipa nesse encontro.
Sobre o castigo ao jogador do Barcelona, Maradona disse estranhar uma sanção tão pesada e garantiu que Messi é normalmente uma pessoa calma.
«Estranha-me porque é um rapaz sensacional, nunca se queixa de nada, treina e é correto. É um ursinho de peluche para os companheiros. Comparo a situação com a cabeçada do Zidane ao Materazzi. Deixou a França com dez e, de repente, deixou de ser o melhor do Mundial. A presença de Messi é fundamental. Sem ele não somos os mesmos assim como acontece com o Ronaldo quando não joga por Portugal ou pelo Real Madrid», explicou.
Maradona disse ainda que vai interceder pelo avançado junto da FIFA.
«Vou falar com Infantino [presidente da FIFA] porque quatro jogos parece-me muito pesado. Embora tenham sido palavras fortes, acho que o castigo pode mudar. Vou dizer o que penso como sempre fiz», assegurou.
