Juan Riquelme é o novo presidente do Boca Juniors. O ídolo dos argentinos venceu um ato eleitoral que reuniu mais de 46 mil votos, um número inédito no futebol sul-americano. No mundo, este registo é apenas superado pelos 57 mil votos que culminaram na eleição de Sandro Rosell para a presidência do Barcelona, em 2010.

O antigo internacional argentino recolheu 68% dos votos, sendo a escolha de 30 mil sócios. Por seu turno, o outro candidato, Andrés Ibarra, conseguiu 15.949 votos.

Este ato eleitoral, inicialmente agendado para 3 de dezembro, continua cercado por polémica. De acordo com a candidatura de Ibarra, os adversários adquiriram, ilegalmente, o voto de mais de 13 mil sócios. Assim, no domingo, estes adeptos votaram em urnas distintas e o caso continua em investigação pela justiça argentina.

No momento de votar, Riquelme chegou à Bombonera tranquilo e, à saída, foi "engolido" por apoiantes, num ambiente de fervorosa celebração, como se da conquista de mais uma Libertadores se tratasse.

Por sua vez, Ibarra foi importunado por alguns adeptos. Aliás, o candidato derrotado denunciou agressões ao Presidente da Argentina, Javier Milei, que também participou no ato eleitoral. As urnas foram instalados no relvado da Bombonera.

Na candidatura de Ibarra estava, na qualidade de vice-presidente, Mauricio Macri, antigo presidente do Boca Juniors.

Profundo conhecedor da estrutura do Boca Juniors, Riquelme esteve na administração de Jorge Ameal desde 2019. Ainda assim, o primeiro ano de presidência não contará com a presença do Boca Juniors na Libertadores, algo que poderá complicar a gestão financeira e desportiva. O mandato de Riquelme dura até 2027.

Riquelme, de 45 anos, e por muitos considerado o último "10", conquistou, como jogador, quatro Ligas argentinas e três Libertadores.