A «novela» da sucessão de Bauza na Argentina já demora há dois meses, mas está prestes a chegar ao fim.

Jorge Sampaoli sempre foi a única escolha da Associação de Futebol Argentino (AFA), mas o Sevilha não estava disposto a abrir mão do treinador. Agora, quando os sevilhanos já não têm nada em jogo, o treinador revelou que deverá ser o novo selecionador.

«Não estou a deixar o Sevilha por outro clube, estou a deixar o Sevilha, se se confirmar, pela minha seleção. É uma mudança vinculada ao coração, pelo meu país», começou por dizer na conferência de imprensa antes do último jogo do campeonato.

As negociações entre a AFA e o Sevilha estão a decorrer, mas devem culminar com a ida de Sampaoli para a Argentina: «Tenho contrato e a AFA vai resolvê-lo com o presidente do Sevilha. Trabalhei com claridade com o presidente e com as pessoas do clube. Estiveram a par de tudo.»

O técnico explicou também porque não assumiu o cargo de selecionador logo no verão passado: «Não fui porque tinha que assumir o plantel novo que fiz com o Monchi, de um dia para o outro não podia deixar o que planeei. Este é um momento distinto e não acredito que existisse esta possibilidade da seleção outra vez.»

A escolha é feita com o coração, mas o treinador lamenta deixar este projeto: «Tinha muita ilusão no projeto do Sevilha e em levar o clube a lutar pelo campeonato no segundo ano, mas surgiu isto [treinar a Argentina]

Sampaoli explicou ainda que o seu foco continua no último jogo com o Osasuna e afastou as hipóteses de não estar no banco. O balanço que faz da temporada, em que será quarto e foi aos oitavos da Liga dos Campeões, é muito positivo.

A Argentina está sem selecionador desde março, mas também só tem compromissos oficiais em agosto. A missão de Sampaoli é levar Messi e companhia ao Mundial 2018 e a quatro jornadas do fim a Argentina ocupa o quinto lugar da qualificação sul-americana, que apenas dá lugar a disputar um playoff.