O Papa Bento XVI pediu, este sábado, aos líderes mundiais para defenderem os cristãos contra a intolerância religiosa, após o atentado a uma igreja na Alexandria ter morto 21 pessoas.

De acordo com Bento XVI, citado pela agência italiana Hansa, actualmente está instalado um clima de «discriminação, abusos e intolerância religiosa», que atinge «em particular os cristãos» e afirmou que «a liberdade religiosa é um elemento fundamental de um Estado de direito».

As declarações de Bento XVI foram feitas durante a missa do Dia do Ano Novo na Basílica de São Pedro, em que também foi comemorado o Dia Mundial da Paz, horas depois de um ataque a uma igreja copta em Alexandria, no Norte do Egipto, que vitimou 21 pessoas, e que, de acordo com o ministro egípcio do Interior, terá sido «provavelmente» cometido por um kamikaze.

Os coptas são a maior comunidade cristã no Oriente Médio, que representa entre seis a dez por cento dos 80 milhões de egípcios, os quais dizem sentir-se marginalizados e abandonados.

Perante 10 mil fiéis, o pontífice apelou ainda à luta contra o desânimo e à resignação: «A humanidade não pode resignar-se ao poder negativo do egoísmo e da violência, não deve acostumar-se aos conflitos que provocam vítimas e ameaçam o futuro dos povos».

O responsável máximo da Igreja Católica afirmou ainda que esta é uma «tarefa difícil», para que «palavras não são suficientes, deve ser um compromisso real e constante dos líderes das nações».