A Doyen Sports vai recorrer da decisão do Tribunal de Primeira Instância de Bruxelas, que rejeitou um pedido de suspensão da proibição de detenção de um passe de um jogador por terceiros (Third Party Ownership).

«A Doyen Sports irá recorrer da decisão. Já foram tomadas mais medidas legais para levantar a proibição, pois estamos convencidos da validade dos nossos argumentos», adiantou a Doyen Sports.

Este fundo lembrou que, recentemente, a Comissão Nacional de Mercados e Concorrência de Espanha se pronununciou a favor dos fundos de investimento no futebol e disse que a proibição da FIFA «é contrária ao direito espanhol e a vários princípios da União Europeia».

No entanto, a Doyen entende que a atenção dada pelo tribunal a este caso e o cuidado com o que analisou são «uma vitória», referindo que o caso passará a uma segunda fase, na qual o sistema judicial belga «analisará o fundo da questão para poder pronunciar-se sobre o levantamento permanente da proibição imposta pela circular 1464 da FIFA».

«Temos muito orgulho no apoio dado a um elevado número de clubes, através de um financiamento credível e sustentável, para que possam atrair jogadores de topo e assim concorrer com os clubes mais ricos do mundo nos principais palcos do futebol mundial», sustenta a Doyen, justificando que o modelo Third Party Ownership (TPO) garante «total independência dos clubes nas suas políticas desportivas e de transferências» e que permite aos jogadores «terem a última palavra sobre onde querem jogar».

Recorde-se que a Doyen Sports e o clube da segunda divisão belga Seraing United tinham apresentado um pedido de suspensão contra a decisão da FIFA, da UEFA e da federação belga de proibir que entidades terceiras detenham parte dos passes de jogadores.