Augusto Inácio somou, na última noite, a primeira vitória ao serviço do Avaí ao fim de três jogos oficiais e considerou, no rescaldo do 3-1 ao Marcílio Dias, que o campeonato Catarinense é uma competição de «uma violência muito grande para os jogadores». O técnico português falou do desgaste no pouco tempo de trabalho que leva no clube e deixou a receita, em tom familiar, para a recuperação.

«Se não perguntarem, continuo na minha. Se perguntam o que acho do estadual, é bom para arranjar lesões. Temos sete dias de treino e os outros dois meses. Se a minha equipa tiver dois meses de treino e os outros uma semana, eu ganho os jogos todos, não perco nem empato. Acima de tudo, é descanso, beijinhos na senhora deles [dos jogadores], estar com os filhos, dar o leite aos meninos, recuperar bem, para estar o melhor possível. Há jogadores que não podem fazer três jogos por semana», afirmou Inácio, em conferência de imprensa.

«O Avaí, nos primeiros 30 minutos, fez um jogo agradável, com uma dinâmica interessante, com combinações que já treinamos e aplicámos no jogo. Mas depois começou a vir a rotina, a competitividade e a melhor condição física do adversário, boa equipa, que obrigou a um esforço terrível para não perdermos. Os jogadores, mesmo em sacrifício, foram solidários e foi o que fez com que ganhássemos», afirmou, ainda.

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O ex-treinador do Desportivo das Aves respondeu ainda à presença ou ausência dos adeptos, dizendo que lida «bem com a situação».

«Fico surdo. Gosto do incentivo para a equipa, não para mim, os jogadores é que precisam. Acredito que a crítica e o assobio, o chamar nomes, afeta os jogadores. Gostaria que a minha torcida estivesse presente, faz falta ao clube e alimentar o ego deles ver o Avaí ganhar um jogo», expôs.