No dia do regresso ao Flamengo, com contrato de apenas três meses, Júlio César recordou as dificuldades que o clube atravessava quando saiu, no final de 2004.

«Saí com quatro ou cinco meses de salários em atraso. Não pedi um centavo. Depois ligaram-me para acertar as contas e pagar juros, mas eu disse que não queria juros, só queria o que estava no contrato. Era um reconhecimento pelo que o Flamengo fez por mim. Deu-me muito mais do que eu dei ao Flamengo», recordou o guarda-redes, que em novembro rescindiu com o Benfica.

Júlio César confirmou depois uma história antiga, que dava conta de que tinha chegado a comprar material para o clube.

«O nosso maior ídolo, o Zico, chegou à sala de fisioterapia e não havia ar condicionado. Ele disse: "Não é possível, está muito calor". Saí do treino, passei no shopping e comprei um ar condicionado, que coloquei na sala de fisioterapia. Peguei no recibo e dei para o nosso massagista, o Deni, e disse-lhe para cobrar o reembolso. Ele foi lá, mas depois o recebido desapareceu. São histórias de bastidores, mas graças a Deus hoje o Flamengo não precisa», afirmou o reforço, dizendo ter encontrado uma estrutura muito mais habilitada.