Está instalada a confusão na edição de 2018 da Taça Libertadores. Na primeira mão dos oitavos de final da prova, o Santos empatou em casa dos argentinos Independiente, mas viu a CONMEBOL, entidade que gere o futebol sul-americano decretar-lhe uma derrota por 3-0 devido a alegada utilização irregular do uruguaio Carlos Sanchéz.

A decisão foi conhecida esta terça-feira e transforma o 0-0 da primeira mão num 3-0 a favor do conjunto argentino, obrigando o Peixe a golear na segunda mão dos oitavos de final, para seguir em frente na prova, levando, desde já, o Santos a recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).

Ora, a razão para a aplicação da derrota ao clube brasileiro na secretaria remete para um caso que se passou em 2015, nas meias-finais da Taça Sul-Americana, num jogo entre... o River Plate-Huracan.

O médio internacional uruguaio representava o clube argentino e foi expulso na partida frente ao Huracan por agredir um apanha-bolas. Na altura, a CONMEBOL puniu o jogador com três jogos de castigo.

Acontece, que o River Plate foi eliminado pelo Huracan e, no final dessa época, Sanchéz foi jogar para o México, até voltar agora à América do Sul para representar o Santos. Ou seja, o uruguaio nunca chegou a cumprir os jogos de castigo, uma vez que não representou clubes que atuassem em competições da CONMEBOL, e o regulamento da entidade aponta concretamente para essa necessidade.