O ex-selecionador da China, Li Tie, detido sob acusação de corrupção, confessou esta quarta-feira ter pago o equivalente a cerca de 400 mil euros para garantir a sua contratação, em janeiro de 2020.

Durante o julgamento, transmitido pela televisão estatal, o treinador, de 46 anos, admitiu ter ajudado a manipular jogos enquanto treinador do Wuhan Zallum e de outras equipas na II Liga chinesa, sublinhando que tal era «prática comum nos círculos do futebol».

O antigo jogador do Everton subiu ao cargo de selecionador graças aos subornos de dois milhões de yuan (255 mil euros) entregues por responsáveis do Wuhan Zallum a Chen Xuyuan, então presidente do organismo equivalente à Federação Chinesa de Futebol (CFA). Como se tal não bastasse, Li Tie afirmou ter entregue, do próprio bolso, um milhão de yuan (128 mil euros) ao secretário-geral da CFA.

A agência anticorrupção da China lançou uma investigação contra Li no final de 2022, que levou ao despedimento de cerca de dez responsáveis da CFA, incluindo o então presidente Chen Xuyuan.