Os investigadores do processo interno movido pela FIFA ao francês Jérôme Valcke solicitaram hoje nove anos de suspensão para o antigo secretário-geral do organismo, arredado das suas funções desde setembro de 2015.

O francês, de 55 anos, suspenso por 90 dias desde 8 de outubro, até à meia-noite de hoje, foi acusado pela imprensa inglesa de estar implicado num processo de revenda de bilhetes para o Mundial de 2014 no «mercado negro», envolvendo um alegado suborno de Benny Alon (JB Sports Marketing).

Além da pena de suspensão, a investigação sugere ainda a aplicação de uma multa de 100 mil francos suíços (cerca de 92 mil euros).

Jérôme Valcke, que era desde 2007 o «braço direito» de Joseph Blatter, foi suspenso de funções pela FIFA em 17 de setembro de 2015 por suspeitas de conduta imprópria pelo Comité de Ética. 

O caso de Jérôme Valcke é um dos vários que estão a abalar a FIFA e que já levaram, nomeadamente, à suspensão por oito anos do presidente demissionário, Joseph Blatter, e do presidente da UEFA, Michel Platini, devido a um pagamento de 1,8 milhões euros do suíço ao francês sem justificação.

Nos Estados Unidos, decorre também uma investigação contra 16 dirigientes e antigos dirigentes ligados à FIFA por envolvimento em esquemas de corrupção, relacionados com direitos televisivos.