Depois de na véspera ter assumindo interinamente a presidência da FIFA, o camaronês Issa Hayatou, de 69 anos, presidente da Confederação Africana de Futebol, garantiu hoje que vai «assumir plenamente a tarefa» de substituir Joseph Blatter, que cumpre uma suspensão de 90 dias por um alegado caso de corrupção.

«Assumirei estas novas funções com total dedicação ao organismo e às suas federações filiadas», disse Hayatou, que por ser o mais antigo vice-presidente executivo assumiu funções, apesar de problemas renais lhe terem causado algumas complicações de saúde.
 
O Comité de Ética da FIFA garantiu hoje que o presidente demissionário do organismo que tutela o futebol mundial, Joseph Blatter, se pode defender no caso de alegada corrupção, que levou à suspensão preventiva do suíço, ao contrário do que reclamaram os seus advogados.

«Ele teve direito a todos os seus direitos, incluindo explicar-se sobre todos os detalhes necessários. E juntamente com o seu advogado», disse o porta-voz do comité de ética, Andreas Bantel, à AFP.

De referir que Blatter e o presidente da UEFA, Michel Platini, foram suspensos provisoriamente por 90 dias pelo Comité de Ética do organismo que rege o futebol mundial em consequência da sua implicação no escândalo de corrupção que atingiu da instituição.

O secretário-geral da FIFA, o francês Jérôme Valcke, também foi suspenso provisoriamente por 90 dias, e o sul-coreano Chung Mong-Joon, que também já assumiu a candidatura à sucessão de Blatter na presidência do organismo, foi suspenso por seis anos.

Suíça aprova mais uma extradição

Já hoje o governo suíço aprovou hoje a extradição para os Estados Unidos de Costas Takkas, antigo secretário-geral da Federação de Futebol das Ilhas Caimão e ex-adjunto do presidente da CONCACAF, detido a 27 maio por suspeitas de corrupção em vésperas de eleições na FIFA.

Dos sete detidos em maio, apenas Jeffrey Webb, ex-vice-presidente da FIFA, já foi extraditado para os Estados Unidos.

Além da Takkas, a justiça suíça já tinha autorizado as extradições de Eugénio Figueiredo, ex-vice-presidente da FIFA; Rafael Esquivel, antigo presidente da Federação Venezuelana de Futebol; e Eduardo Li, antigo líder da Federação de Futebol da Costa Rica.