Depois de ter sido o «herói» no triunfo sobre o Manchester City (3-1) a contar para a Supertaça inglesa, no último sábado, o uruguaio Darwin Núñez está em estado de graça por estes dias no Liverpool. Ultrapassadas as críticas que recebeu nas primeiras semanas como jogador dos reds, o ex-Benfica confessa que o festejo efusivo do golo apontado diante dos citizens foi o momento de libertar toda a pressão.

«Quando marquei, não sabia muito bem como celebrar. Tirei a minha camisola e comecei a comemorar com uma enorme libertação de adrenalina e fúria. Fiquei muito feliz naquele momento e, como sempre, dediquei o golo à minha companheira e ao meu filho», contou aos meios de comunicação do clube.

«Dizia para mim mesmo: 'Como é bom jogar contra o City e marcar o primeiro golo numa final'. Muitos pensamentos vêm à tua cabeça num momento destes. Primeiro golo, contra uma equipa top, num grande jogo, só não sabia como comemorar! Foi um golo importante e tenho a certeza de que me vou lembrar para o resto da vida», acrescentou.

Darwin destacou que «um avançado vive de golos», mas não vai carregar um peso extra por saber que tem de marcar.

«As coisas correram bem contra o City, consegui marcar um golo e ganhei o penálti, mas não preciso de sentir nenhuma pressão adicional agora, ou pensar que tenho de jogar bem e marcar em todos os jogos», vincou.

O atacante uruguaio admitiu que «estava um pouco nervoso no começo» da aventura no Liverpool, mas teve uma «receção calorosa» e, embora não fale inglês, já está entrosado na equipa.

«Chegas, queres comunicar e simplesmente não consegues. Tentas entender, mas não entendes nada quando eles estão a falar. Mas o Milner fala espanhol, o Thiago e os brasileiros, assim como o Luis Díaz, que chegou há pouco tempo também. Agora, estou a sentir-me muito bem e muito mais relaxado e à vontade aqui», admitiu.

«Fazemo-nos entender com linguagem gestual. Foram os sul-americanos que me ajudaram na hora de me integrar com o resto do grupo. O Thiago ajudou-me muito quando cheguei. Ele está sempre a passar-me as instruções do treinador quando estamos a fazer um exercício e eu não entendo a explicação. Fico ao lado do Thiago ou dos brasileiros e pergunto o que temos de fazer e eles explicam», concluiu.