O francês David Ginola anunciou formalmente, esta sexta-feira, a desistência da sua candidatura à presidência da FIFA por não ter conseguido formalizar os apoios esperados.

Em comunicado distribuído à imprensa francesa, o antigo internacional francês, de 48 anos, fez saber que não tem condições para levar o processo até final.

«Lutei até ao último minuto para ter o direito a fazer esta campanha por mais transparência, mais igualdade e mais democracia na FIFA. Mas as confirmações por que esperava ontem [quinta-feira] acabaram por não chegar. Sinto deceção e raiva», disse o antigo jogador do Tottenham.

Ginola criticou ainda a forma como todo o processo está construído, vendando, na sua opinião, o caminho a candidaturas que partam de movimentos fora do sistema.

«Este é um sistema bloqueado, um sistema tecnocrático nas mãos dos poderosos que utilizam a riqueza para se protegerem uns aos outros. É um sistema que está fechado. Não há espaço para mensagens alternativas», rematou.

Já esta quinta-feira, circulavam informações que Ginola teria abdicado da corrida, mas o francês reforçou a intenção levar o processo até final, numa mensagem publicada na sua conta oficial do twitter.

O prazo para formalização de candidaturas terminou esta quinta-feira, mantendo-se, assim, na corrida Joseph Blatter, que corre a um quinto mandato, o português Luís Figo, o holandês Michael Van Praag, o francês Jerome Champagne e o jordano Ali Bin Al-Hussein.

As eleições realizam-se a 29 de maio, no segundo de dois dias do congresso da FIFA, em Zurique, na Suíça.