O Real Madrid caiu em Bilbao diante do Athletic por 1-0 e pode perder a liderança da Liga Espanhola para o eterno rival Barcelona, caso a formação comandada por Luis Enrique cumpra o favoritismo e vença o Rayo Vallecano, em partida agendada para o próximo domingo.

No final do encontro, Carlo Ancelotti considera que o mau momentos dos merengues está relacionado com a falta de acerto na finalização, recorrendo aos últimos jogos para ilustrar a sua tese sobre a atualidade blanca.

«O nosso problema não está no processo defensivo, mas sim no ataque. Não encontramos soluções. Nos últimos dois jogos só marcamos um golo e através de uma grande penalidade. É com isto que temos de lidar. Falta-nos eficácia», considerou o italiano antes de ser mais incisivo sobre a prestação dos homens da frente.

«Somos demasiado individualistas e procuramos soluções individuais, quando é preciso jogar mais rápido com menos toques na bola. O que estamos a fazer é confuso. Jogamos de forma lenta, sem circulação de bola e os avançados não têm espaço. É um problema de tempo entre o passe e a desmarcação», analisou Carlo Ancelotti em conferência de imprensa no final do encontro no País Basco.

Olhando diretamente para o jogo, o italiano considera que o Real Madrid acabou por oferecer o jogo ao adversário, recusando, contudo, o cenário de falta de atitude dos jogadores.

«Oferecemos todo o jogo. Na primeira parte eles marcaram-nos o golo e na segunda não fomos capazes de fazer o mesmo. Não é um problema de falta de atitude. É um problema no ataque, falhas ao nível técnico e não ao nível da atitude», sublinhou o treinador do Real, não se escusando, contudo, a assumir responsabilidades.

«A minha responsabilidade é grande. Alguns dizem que esta não é a sua equipa, mas eu digo que esta é a minha equipa. Estamos a jogar mal e a Liga vai complicar-se, mas ainda não acabou. Tentaremos superar esta fase rapidamente», apontou Ancelotti antes de reforçar a confiança no tridente ofensivo conhecido em Madrid por BBC, iniciais de Benzema, Bale e Cristiano.

«Não é um problema individual. Fizeram um bom jogo, mas as falhas não são de nenhum em específico. Todos são responsáveis pelo ataque e têm de fazer o seu trabalho», rematou.