O Barcelona lançou uma academia de futebol na China para cerca de mil alunos, numa altura em que a nação mais populosa do mundo assume a ambição em converter-se numa potência da modalidade.

A antiga estrela do Barcelona Ronaldinho Gaúcho e o presidente do clube, Josep Maria Bartomeu, visitaram a nova academia, localizada na ilha tropical de Hainan, extremo sul do país. «Para mim, a temperatura, o ambiente, as pessoas e sobretudo o terreno desta ilha serão algo único para o desenvolvimento do futebol na China», afirmou o líder do clube espanhol.

A academia começa a operar no final deste ano e conta com sete campos de futebol. O espaço servirá ainda para a seleção nacional da China e os principais clubes do país treinarem. A China, que figura em 86º lugar no ranking da FIFA, prevê construir 50 mil academias de futebol, até 2025, parte de um ambicioso plano de Pequim, que quer colocar o país ao nível das melhores seleções do planeta.

«O Barcelona FC trabalha muito bem os jovens, com profissionais de alto nível, que vêm para cá», afirmou o internacional brasileiro Ronaldinho. «Acredito que vão ajudar muito e que o futebol na China vai aprender bastante», acrescentou.

A academia na China vai ser a maior entre as mais de vinte academias que o Barcelona tem em todo o mundo. Será também a única gerida diretamente por funcionários do clube. O espaço será, contudo, mais pequeno do que a academia do campeão chinês Guangzhou Evergrande, a maior do mundo, aberta em parceria com o Real Madrid e que tem mais de 2 mil alunos.

Em 2014, o antigo capitão da seleção portuguesa Luís Figo lançou uma academia da modalidade na China, que chegou a estar implantada em dezasseis cidades na China, mas que está agora reduzida a dez, após o principal investidor ter desistido do projeto.

Em 2015, o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, anunciou em Pequim a construção de 20 academias na China, até 2018.

O Benfica conta já com uma academia de futebol em Hangzhou, a capital da próspera província de Zhejiang, na costa leste da China.

Mais de uma centena de treinadores e profissionais do futebol portugueses trabalham já no país, distribuídos por academias e clubes.

O mais conhecido é André Villas-Boas, antigo técnico do FC Porto, que orienta o Shanghai SIPG, um dos candidatos a vencer a superliga chinesa.