O Barcelona-Las Palmas esteve para não se realizar este domingo à tarde, muito por causa da tentativa de referendo que decorre na Catalunha, a fim de obterem a independência da região para com o restante território espanhol.

Apesar dos esforços para adiar a realização da partida, este acabou por realizar-se no dia e hora previstos inicialmente, porém à porta fechada, numa decisão que só foi acertada horas antes do apito inicial.

Josep María Bartomeu explicou a decisão de jogar à porta fechada e alegou ainda um risco de perda de pontos, resultante de uma conversa que foi tendo com responsáveis da Liga.

«Lamentamos muito o que está a acontecer na Catalunha, é uma falta de liberdade de expressão e estamos preocupados. Decidimos que, em vez de anularmos o jogo, que era o que queríamos, ele realizar-se à porta fechada. Assim mostramos a nossa preocupação com a situação e queremos dar o nosso apoio aos que estão a sofrer a falta de liberdade de expressão. Não jogar teriam sido seis pontos perdidos, três por não jogar e mais três como sanção», começou por dizer o dirigente, em declarações à BeIN Sports.

Bartomeu salientou que o jogo à porta fechada foi «uma crítica e uma maneira de mostrar inconformidade com o que se passa para todo o mundo», negando que na origem da decisão tenham estado questões de segurança.

Antes ainda do encontro, a Liga espanhola tinha emitido um comunicado a revelar a decisão tardia do clube catalão, embora tivesse sublinhado que estavam reunidas as condições necessárias à realização do jogo, pelo que não havia motivo para adiamentos.

«A Liga deseja insistir nas garantias de segurança confirmadas pelos Mossos durante o dia de hoje para a normal disputa do encontro, pelo que não havia motivo para adiar o mesmo», lê-se no comunicado.