Gabi, jogador do Atlético de Madrid, foi ouvido nesta quinta-feira pelo Ministério Público espanhol, na secção dedicada à corrupção e ao crime organizado, no âmbito da investigação relativa a uma possível combinação do resultado do jogo Levante-Saragoça, de maio de 2011.

O Saragoça venceu então fora de casa por duas bolas a uma («bis» de Gabi), e garantiu a permanência no principal escalão do futebol espanhol. «Fiz o que o clube me pediu», terá dito o médio ao juiz, nesta quinta-feira, de acordo com o jornal «El Mundo».

Gabi terá explicado que emprestou dinheiro ao clube, conforme lhe foi pedido, mas que não sabe o que fizeram com ele. Ainda de acordo com o «El Mundo», Gabi alega que não tirou qualquer benefício de uma suposta manipulação do resultado do jogo, uma vez que já estava negociada a sua transferência para o Atlético de Madrid, clube que representa atualmente.

Agapito Iglesias, antigo proprietário do Saragoça, também começou a ser ouvido nesta quinta-feira, assim como outros três jogadores que na altura representavam o clube, para além de Ballesteros, capitão do Levante.

No total são vinte os futebolistas convocados para prestar declarações, assim como membros da equipa técnica do Saragoça na época, liderada pelo mexicano Javier Aguirre, e outros funcionários deste clube.

As suspeitas principais recaem sobre Agapito Iglesias e sobre os jogadores Leo Franco, Ponzio e Uche. Os dois primeiros jogam agora na Argentina, o país natal, e pediram para prestar depoimento por escrito, assim como o técnico Javier Aguirre, que agora é selecionador do Japão.

Uche será ouvido presencialmente na segunda-feira, uma vez que nesta quinta-feira disputa o Villarreal-Apollon, da Liga Europa.