José Enrique, antigo jogador do Liverpool, disputa o maior desafio da sua vida. Há pouco mais de um mês, o espanhol viu ser-lhe diagnosticado um tumor na cabeça.

O jogador de 32 anos, recorde-se, encerrou a carreira em setembro do ano passado. Desde aí começou a trabalhar na empresa de agenciamento de jogadores, que pertence ao seu irmão. E, durante uma viagem de trabalho, ficou a conhecer a doença que tinha.

«Estávamos reunidos com Chris Hughton, treinador do Brighton e com quem convivi no Newcastle. Nessa noite a luz começa a incomodar-me. Cheguei ao hotel e pensei que eram dores de cabeça. Durante a noite senti uma dor de cabeça brutal e na manhã seguinte comecei a ver tudo turvo.  Depois, via a dobrar. Tinha os olhos abertos e doía-me. Tive de ir ao hospital e, após nove horas, fiz um TAC. Os resultados indicaram uma veia colapsada. Encaminharam-me para o hospital de Londres, especializada em neurologia. Passei lá duas noites», recordou, em declarações à Marca.

Enrique tinha duas opções: ser operado em Inglaterra ou em Valência, Espanha, junto dos seus amigos. O antigo jogador optou pela segunda, claro.

«Foi uma cirurgia completa. Fui operado a semana passada. Entrei no quirófano às 9h00 da manhã e saí às 18h00. O tumor estaga preso á artéria e foi uma intervenção complicada», referiu, antes de agradecer publicamente à equipa médica que o operou.

«Os médicos fizeram um trabalho excecional. Estive 24 horas nos Cuidados Intensivos e estou muito agradecido pelo trabalho feito. Foram os piores dias da minha vida. Passei cinco dias na cama sem me mexer.»

A vida de José Enrique mudou por completo. «Não posso levantar pesos, não posso agachar-me. Tenho uma cama adaptada para dormir numa determinada posição para que não haja pressão sanguínea na cabeça», relata.

O espanhol vai iniciar agora o tratamento ao tumor: fará 35 sessões em Paris ou Zurique