Gonçalo Guedes tem sido um dos destaques do arranque notável do Valencia na Liga espanhola. O conjunto Ché ainda não perdeu na Liga e ocupa o segundo lugar, a quatro pontos do líder Barcelona, ao final de dez jogos.

O internacional português concedeu uma extensa entrevista ao jornal Marca, publicada ainda esta sexta-feira na edição digital do diário espanhol. Guedes abordou a mudança de Paris para Valência, as comparações com Ronaldo e a presença no Mundial2018.

«Foi complicado porque ao meu lado tinha jogadores de grande nível como Cavani, Thiago Silva, Di María… tinha muita pressão, mas uma pressão boa. Acabei por não jogar muito, mas treinei duro e aprendi muito durante esse período», referiu.

O antigo jogador do Benfica salientou ainda que a língua foi um entrave na adaptação ao clube gaulês.

«Quando cheguei a Paris não sabia francês e falava com os brasileiros e com Cavani e Di María. Aqui [Valência], percebo o que todos dizem o que permite criar outro tipo de relação com os meus companheiros. Temos uma amizade muito boa, conversamos e jogamos juntos. Somos um grupo bastante unido», explicou.

Apenas onze jogos em meia época, o Valência surgiu como o destino ideal para Gonçalo Guedes recuperar os bons desempenhos que o tinham levado até Paris.

«Podia ter continuado no PSG mas não tinha a certeza se ia jogar muitos minutos. Com 20 anos preciso de jogar. Na minha cabeça só queria jogar. Teria sido bom continuar em Paris porque estava com os melhores do mundo, mas a minha prioridade era jogar. Optei pelo Valência e acertei na escolha», afirmou.

A imprensa espanhola tem comparado Guedes, uma das figuras da equipa, a Ronaldo e Messi. O português rejeitou essa ideia e realçou que os dois «estão acima» dos demais.

«As comparações são boas, mas não são realidade. Cristiano e Messi estão muito acima, ainda que para a minha confiança seja bom que me comparem com os melhores do mundo», destacou.

Esta sexta-feira Gonçalo Guedes foi convocado pelo selecionador nacional, Fernando Santos, para os amigáveis frente a Arábia Saudita e Estados Unidos. O jogador do Valência mostrou-se feliz pela chamada e assumiu o objetivo de estar presente na Rússia no próximo ano.

«É o objetivo de qualquer futebolista. Estou a trabalhar para ficar na seleção principal. É a atual campeã da Europa e por isso sei que será muito complicado», concluiu.