Antoine Griezmann concedeu uma longa entrevista ao jornal As na qual abordou inúmeros assuntos. Entre muitas coisas, o francês falou do facto de ter ficado de fora dos candidatos ao prémio «The Best», apontou baterias à Bola de Ouro e equiparou-se a Cristiano Ronaldo e a Leo Messi. Antes, porém, admitiu que está no melhor momento da carreira, isto depois de ter vencido o Mundial e a Liga Europa.

«Sim, é verdade [que estou no melhor momento da carreira], porque estou a desfrutar do meu futebol, do futebol dos meus companheiros e do treinador que tenho, tanto no meu clube [Diego Simoeno, Atlético de Madrid] como na seleção [Didier Deschamps, França]... tenho sorte e oxalá possa continuar assim», começou por dizer.

Sobre o «The Best», o prémio de melhor do mundo da FIFA, Griezmann lamentou o facto de não haver nenhum francês nomeado: «É o prémio da FIFA e é uma lástima que não haja nenhum campeão do mundo nomeado. Fizemos um grande Mundial e todo o plantel merecia um prémio. Mbappé, Varane, Kanté, que apesar de não se falar muito fez um Mundial estupendo, ou eu mesmo... mas é assim. Creio que a Bola de Ouro tem mais prestígio, mais história, tenho-a na minha cabeça e tenho três meses para dar tudo e logo se vê o que acontece.»

A época foi dourada para o internacional gaulês, mas em janeiro as coisas não estavam a correr da melhor maneira. Isso mesmo explicou Griezmann, que revelou as mudanças que aconteceram, antes de dizer que já se senta à mesa de Cristiano Ronaldo e Leo Messi.

«Estava muito mal. Não sei. Via tudo mal. Pensava que era culpa dos outros e não me sentia bem. Quando não estou bem fora do campo, dentro ainda estou pior. Mas com a ajuda do Cholo [Diego Simeone], dos meus companheiros, de Godín, com quem estou muito tempo, com a ajuda da minha mulher... demos a volta. Depois chegou Diego Costa, que me ajudou em campo e melhorei muito desde janeiro até agora», disse.

«Se já me sento na mesa do Messi e do Cristiano Ronaldo? Sim, acho que sim. E sei que outros jogadores vão vir seguramente. São imagens que tenho e desfruto nessa mesa. Mas também sei que posso fazer melhor. Quero melhorar, quero ganhar e quero continuar assim, a jogar desta maneira», declarou.

O avançado colchonero falou ainda sobre a permanência no Atlético de Madrid, depois de se ter criado algum impasse no final da época passada: «Não fiquei por essa razão [dinheiro], porque o dinheiro não é o mais importante para mim. Eu fico onde me querem mais, onde me dão mais amor. Chateou-me muito o que aconteceu no último jogo no Wanda Metropolitano [foi assobiado por causa dos rumores que o ligavam a uma transferência para o Barcelona].»