Luis Enrique, treinador do Barcelona, analisa a vitória no reduto do At. Madrid (2-3), e consequente apuramento para as meias-finais da Taça do Rei:

«Gostei de tudo, inclusivamente a forma como recuperámos de uma ação estranha no início do encontro, com o Atlético a empatar a eliminatória no primeiro minuto. Pese embora as dificuldades do campo, tentámos fazer o nosso jogo e curiosamente encontrámos muitos espaços na transição. Temos esse potencial também, quando nos pressionam alto. A equipa esteve a grande altura.»
 
[sobre a arbitragem] «Estes jogos, pelo ambiente, pelos jogadores, têm muita tensão, e é muito difícil o trabalho dos árbitros.»
 
[sobre o momento positivo da equipa] «Ao longo da época há momentos melhores e piores. Agora estamos num momento bom, com confiança, mas o futebol tem muitas surpresas, e às vezes as coisas complicam-se.»
 
[sobre a atitude de Neymar, muito assobiado no Calderón] «A atitude de Neymar é a de sempre. É um jogador que nos dá muito em todas as fases do jogo. A sua forma de jogar é assim. Não vai mudar nada. É assim há muitos anos.»
 
[sobre as dificuldades do relvado] «A equipa superou as dificuldades. Acontece sempre que jogamos fora, mas tentamos jogar da mesma maneira.»
 
[considera que o Atlético tem mau perder?] «Não. Considero que é uma equipa incrível. A sua equipa técnica está a fazer um trabalho fantástico. Conquistou títulos, de maneira espetacular. Ninguém gosta de perder, nós também não.»
 
[esperava ter mais posse de bola, e não jogar tanto em contra-ataque?] «Tivemos muita posse de bola. Também por termos o adversário condicionado na segunda parte, em inferioridade numérica. É preciso perceber o que vai acontecer, antecipar os perigos. Temos recursos, também podemos jogar na transição se o rival apertar-nos. Somos tão perigosos frente a equipas que se fecham atrás, como frente a equipas que nos apertam»
 
[sobre a substituição de Neymar] «O encontro ficou feio e decidi tirar Neymar. Temos de ser inteligentes, e perceber que enfrentamos colegas, embora sejam rivais em alguns momentos, e há entradas lógicas e normais em jogos deste tipo, mas é preciso vigiar, pois algumas pareciam outra coisa.»
 
[tendo em conta que era um jogador intenso, lamenta que o jogo tenha perdido intensidade na segunda parte?] «Em quinze anos fui expulso três ou quatro vezes. Fiquei encantado com uma segunda parte tranquila. Controlámos totalmente o jogo.»