Lionel Messi já reagiu ao pedido de prisão feito pelas autoridades espanholas esta quinta-feira. Apesar de o ministério público ter pedido a absolvição de Messi, o juiz deu seguimento à acusação, porque o advogado do Estado continua a imputar o futebolista como coautor de três crimes de fraude fiscal, num valor de 4,1 milhões de euros.
 
Messi e o pai são acusados de, em 2013, terem defraudado o fisco em valores relativos aos direitos de imagens do futebolista, entre 2007 e 2009, através da criação de empresas falsas no Belize e no Uruguai.

Em comunicado emitido através da empresa que gere a sua carreira, Messi defendeu-se, lembrando que o ministério público não o acusou, «no passado dia 25 de setembro, de qualquer delito fiscal» e «explicou amplamente os motivos que o levaram a não o fazer».
 
«O advogado do estado contradiz a solicitação e o critério do MP», adianta o documento que frisa que «o comunicado do advogado do estado foi apresentado em 8 de julho, enquanto o do Ministério Público [que pede a absolvição] é de data posterior, 25 de setembro».
 
No documento, a defesa de Messi lembra ainda que «a advocacia do Estado representa os interesses da Agência Tributaria, enquanto o MP é um órgão de relevância constitucional, integrado e com autonomia funcional no poder judicial», e que a pena solicitada pela advocacia do estado não implica cumprimento efetivo.
 
O advogado do Estado pediu para Messi e para o seu pai uma pena de sete meses e quinze dias de prisão por cada crime de que são acusados, além de uma multa do valor da fraude e o impedimento de receber ajudas públicas ou incentivos fiscais durante um ano e meio.
 
O juiz não aplicou nenhuma medida cautelar contra nenhum dos dois acusados, porque ambos têm mostrado vontade de colaborar e já entregaram, voluntariamente, o valor da alegada fraude fiscal.