Está cada vez mais complicada a vida de Gary Neville no Valência. A equipa ché perdeu no recinto do Betis, este domingo, e não vence para o campeonato há doze jogos, nove com o inglês no comando técnico.

Na sala de conferências após o encontro em Sevilha, o treinador inglês foi confrontado com o cenário negativo da equipa, mas recusou demitir-se.

«Não merecemos perder. Tivemos oportunidades e não as aproveitámos. Nos dois últimos jogos do campeonato sofremos duas derrotas que considera imerecidas. Creio que agora o que falta conseguir são os resultados. Este era um jogo de um ou dois momentos e esses momentos escaparam-nos das mãos. A linha entre a vitória e a derrota é mais ténue», disse Neville, acrescentando:

«Não há dúvida de que, nestes momentos, há que permanecer juntos. Os adeptos são os que mais estão a sofrer e eu estou com eles. Confio no meu trabalho e as conversas com Peter Lim [dono do clube] vão ser em privado.»

Apesar de mostrar confiança na sua continuidade, Neville começa a despertar uma onda de revolta entre os adeptos do Valência. À saída do estádio e depois na chegada ao aeroporto, o técnico inglês foi abordado por alguns adeptos que pediram a sua demissão, entre gritos de «volta para Inglaterra».

O Valência ocupa agora a 13ª posição, com 25 pontos, apenas quatro acima da linha de água.