Em texto publicado no «The Players' Tribune», Roberto Carlos recorda a "noitada" do plantel do Real Madrid na véspera do título europeu de 1998. Não por causa de qualquer saída noturna, mas sim por causa dos nervos, ainda que esse plantel tivesse jogadores como Panucci, Sanchís, Hierro, Redondo, Seedorf, Raúl ou Mijatovic, entre outros.

«O Real Madrid não era campeão europeu há 32 anos. A Juventus estava na final pelo terceiro ano consecutivo, pelo que não entrámos como favoritos. Na noite anterior nenhum de nós conseguiu dormir. Normalmente íamos dormir às 22 horas, mas naquela noite estávamos sentados no lobby do hotel às quatro da manhã, a contar histórias uns aos outros. Não tínhamos medo, apenas muito respeito pela Juve. E estávamos ansiosos pelo início do jogo», recorda o antigo internacional brasileiro.

«Jogámos muito bem aquela final. A Juve teve muitas oportunidades, mas vencemos por 1-0 [ndr. golo de Mijatovic, ao minuto 66]. Vencemos esse jogo não apenas com a nossa qualidade, mas com a nossa motivação. Queríamos mais do que eles», acrescenta ainda Roberto Carlos sobre a final de Amesterdão.

«Depois fomos para a Praça Cibeles. As ruas foram inundadas com centenas de milhares de pessoas, vestidas com camisas e cachecóis brancos, cantando e comemorando. Eu nunca vou me esquecer daquela noite. Se eu tivesse que escolher um momento favorito do meu tempo no Real Madrid, seria essa conquista», afirma ainda.

Roberto Carlos aborda ainda a questão da pandemia de covid-19, e assume estar a «ficar louco» com o confinamento, mas faz questão de recordar Lorenzo Sanz, o presidente do Real Madrid que o contratou, e que faleceu recentemente.