Depois de ter anunciado a retirada, Artiz Aduriz pisou novamente o relvado do novo San Mamés para o último adeus. Acompanhado pela família, o avançado entrou em campo rodeado pelos companheiros (de máscara) que o aplaudiram.

Aduriz sentou-se à frente de uma das balizas, reviu alguns dos momentos mais marcantes da carreira e fez um discurso de agradecimento, acabando por emocionar-se, e respondeu a questões dos jornalistas.

«Não podia imaginar esta despedida nem tudo o que passei. Quando era pequeno, nem imaginava vestir a camisola do Athletic uma vez que fosse... Estou feliz por todo o carinho que recebi nos últimos dias. Não é um momento para estar triste, mas sim feliz, porque fiz sempre o que gostei e desfrutei imenso. Por isso, cheguei até aqui», introduziu. 

O espanhol aproveitou ainda para explicar os problemas físicos que o obrigaram a retirar-se. «Há muito tempo que lutava contra as dores, acabava por conseguir suportá-las e ajudava a equipa, ainda que cada vez menos. Depois do confinamento foi definitivo e a luta não foi equilibrada. Todo o corpo tem os seus limites e ainda mais no caso de um futebolista profissional. Não sabia o que fazer, mas neste momento, a equipa é melhor sem mim», referiu. 

Na Catedral basca, apenas com a família, amigos e imprensa, Aduriz frisou que não precisava de uma homenagem maior. «Não sinto necessidade de ser homenageado pelos adeptos porque a Catedral deu-me tanto... Para mim foi como se tivesse recebido uma homenagem a cada domingo.»

Aduriz despediu-se com uma declaração de amor aos leões de San Mamés.

«Dizem que o Athletic é especial e diferente. Sinceramente, acho que é porque esta gente é diferente e especial. Acima de tudo, há um nível humano bestial e isso faz-nos ser diferentes. É como uma equipa a competir contra o resto do mundo. Deixou aqui gente que entendo o que isto significa, não é necessário dizer-lhes nada porque vão transmiti-lo às gerações seguintes. Vou ser mais um a apoiar o Athletic a partir da bancada», concluiu. 

Eskerrik asko, Aritz! (Muito obrigado, Aritz). 

A despedida de Aduriz: