33 golos em 137 jogos, João Félix não foi bem-sucedido no Atlético de Madrid. Diego Simeone apontou razões para o insucesso do português ao serviço dos colchoneros.

«Está claro que as gentes do Atlético de Madrid não gostaram porque temos outra indiossincrasia», começou por dizer, em entrevista ao «El Largero», quando questionado acerca das declarações do jogador antes de se mudar por empréstimo para o Barcelona.

«Quando não se compreende a idiossincrasia do síto onde se está, torna-se difícil viver em conjunto. É o mesmo que morar em Espanha, mas querer viver como se estivesse na Argentina. Tenho de viver como se vive em Espanha porque as idiossincrasias são diferentes», acrescentou.

«El Cholo» desejou que o avançado, de 24 anos, encontre a sua melhor versão no Barça. «Tudo o que de bom aconteça ao João, será extraordinário para o Atlético. Fico feliz por ele estar a jogar os jogos todos, por estar a jogar bem e a trabalhar como está a trabalhar. Se for para o Barcelona, poderá representar um encaixe importante. Se voltar, temos mais três anos aqui à sua espera.»

Ainda que Félix tenha sido muitas vezes criticado pela linguagem corporal em campo, Simeone sublinhou que este nunca mostrou problemas de attiude. 

«Atitude? Seria injusto falar de atitude. Não conseguiu dar tudo o que queria. Não conseguiu, deu o que podia. Agora vemo-lo bem, mais reativo à perda de bola, mais participativo no ataque. Ele sempre foi um jogador talentoso ofensivamente e tudo o que seja jogar perto da área, fá-lo bem. Quando tem de recuar um metro, custa-lhe. Foi assim connosco, no Chelsea e connosco, é uma característica que tem. Só temos de estar contentes por tudo o que lhe aconteça de bom. Será melhor para o clube», defendeu.

Lembre-se que o internacional português referiu que «precisava de mudar de ares» e que o estilo de jogo do Barcelona era mais adequado ao seu jogo. Ora, o técnico argentino do Atleti foi convidado a escutar as declarações feitas por Félix em agosto e não discordou do jogador.

«Várias das coisas que disse parecem-me totalmente acertadas. O Barcelona é o Barcelona, joga numa equipa de ataque, sente-se feliz e cada um deve estar onde se sente feliz», atirou