O governo da Argentina revelou nesta quinta-feira que pagou à federação de futebol do país um valor a rondar os 21 milhões de euros para ajudar a evitar uma anunciada greve de jogadores devido a salários em atraso.

Recorde-se que este cenário tem sido equacionado pelo Sindicato de Jogadores da Argentina, que propôs fazer greve nesta sexta-feira, dia em que arranca a 15.ª jornada, como medida de retaliação também relativamente à redistribuição de verbas correspondentes às transmissões.

Em causa estão salários em atraso que chegam até aos quatro meses, devido ao facto de o Estado não ter cumprido com os clubes o estipulado em relação às receitas televisivas.

O governo aprovou o pagamento de 350 milhões de pesos (21 milhões de euros) à Federação argentina (AFA), no seguimento da rescisão de contrato de direitos televisivos, estabelecido ainda no governo de Cristina Fernández de Kirchner (2007-2015), segundo o qual os jogos seriam em sinal aberto. No entanto, a quebra do acordo levou a AFA a licitar a transmissão dos jogos, mas os contratos com as empresas interessadas ainda não foram adjudicados.

Apesar do pagamento, o cenário de greve ainda não foi posto de parte pelo Sindicato, que refere que a verba entregue pelo Estado não é suficiente para saldar as dívidas dos clubes.

Recorde-se que a AFA é dirigida desde 2016 por uma comissão criada pela FIFA e pela CONMEBOL (Confederação sul-americana). As eleições deverão acontecer no próximo mês.