O presidente da FIFA garantiu esta quarta-feira que serão aplicadas «as ações e sanções necessárias» se o escândalo de doping na Rússia afetar o futebol daquele país.

«Se alguma coisa tiver acontecido no que toca a casos de doping no futebol que foram encobertos e que foram agora revelados, tanto a FIFA como a UEFA vão aplicar as medidas e sanções necessárias», explicou Gianni Infantino.

Em causa está o relatório McLaren, em que o autor e investigador Richard McLaren encontrou «fortes provas de doping institucionalizado» na Rússia. Um caso que envolveu mais de mil atletas de 30 modalidades, entre 2011 e 2015.

Em curso estão inquéritos a vários futebolistas russos com testes de doping suspeitos que foram encobertos, na sequência de cinco amostras suspeitas reveladas pela Agência Mundial Antidopagem (AMA), relativas às equipas masculinas russas de sub-17 e sub-21 em 2013 e 2014.

Vitaly Mutko, antigo ministro do desporto da Rússia e atual dirigente dos quadros da FIFA, foi acusado de esconder um resultado positivo por doping de um atleta da liga russa. Apesar das suspeitas, Infantino mantém-se confiante e a «trabalhar em conjunto» com o líder russo no organismo.

A diretora-geral da agência antidoping da Rússia, Anna Antseliovich, admitiu esta semana ter existido um sistema generalizado de «larga escala» no país, mas negou envolvimento de elementos do Estado.