A Federação italiana de futebol (FIGC) adiou esta segunda-feira a eleição para a presidência do organismo, depois de nenhum dos três candidatos que participaram na Assembleia Eleitoral ter conseguido o número de votos necessário para ganhar.

Depois de uma reunião de mais de nove horas num hotel na periferia de Roma, a FIGC não conseguiu eleger o substituto do presidente demissionário, Carlo Tavecchio, razão pela qual o organismo deverá ser gerido interinamente por um comissário, a ser nomeado brevemente pelo Comité Olímpico Nacional Italiano (CONI), a entidade que gere o desporto transalpino.

A Assembleia Eleitoral que procedeu a quatro eleições com a intenção de eleger um novo presidente, mas Cosimo Sibilia (presidente da Liga de Adeptos), Grabriele Gravina (presidente da Terceira Divisão) e Damiano Tommasi (presidente da Associação de Futebolistas) não obtiveram o apoio necessário.

Sibilia e Gravina, que foram os mais votados nas três primeiras rondas, chegaram à votação final, mas nenhum deles alcançou mais de 50 por cento dos votos necessários para triunfar. O primeiro recebeu 1,85 por cento dos votos, o segundo obteve 39,06 por cento, enquanto que os votos em branco subiram para 59,09 por cento.

No fecho do ato eleitoral, Gravina qualificou o resultado da votação como «mais uma derrota da classe dirigente» italiana e lamentou que as partes envolvidas na eleição «não tivessem sabido chegar até ao fim».

Assim, 77 dias depois da eliminação da seleção italiana no «play-off» de acesso ao Mundial – prova que a Itália não falhava desde 1958 -, perante a congénere da Suécia, a FIGC continua sem ter um presidente.

Este fracasso desportivo teve um enorme impacto no futebol transalpino, que não tem em funções um selecionador, nem um presidente da Serie A, a sua principal Liga.