Mauricio Pochettino foi técnico do PSG durante cerca de um ano e meio. O argentino, que saiu depois de ter conquistado a Liga, a Supertaça francesa e a Taça de França, refletiu sobre a sua passagem pelo clube. 

«À medida que o projeto do PSG avança, a paciência é cada vez menor, a exigência é maior, mas as circunstâncias são o que são. Dominar a Liga francesa ou as competições domésticas leva a que os próprios adeptos não lhes atribua importância. Tudo está centrado na Liga dos Campeões e parece que não vale a pena haver a mesma exigência nas outras competições», disse, em entrevista ao jornal Infobae.

«Há equipas como o Liverpool e o Manchester City que têm projetos a longo prazo. Dou sempre este exemplo. Ganhámos a Liga com o PSG com 15 pontos de vantagem. Perdemos contra o Real Madrid e percebemos que íamos ter problemas. O City foi eliminado contra o Real Madrid, com três golos em cinco minutos, e na semana seguinte compra o Haaland e está a dar ao seu treinador capacidade para se reinventar outra vez e encontrar novas soluções. Os projetos são diferentes. O City confia no treinador que está há sete anos no cargo enquanto no PSG tens de chegar e de ganhar. E ganhar a Champions, não é a Liga francesa. É diferente. Não é uma crítica. Quando chegámos ao PSG tinhamos de tentar ganhar a Champions se queríamos continuar no projeto», acrescentou. 

Apesar de ter estado pouco tempo no cargo, o treinador de 50 anos considerou «positiva» a passagem pelo banco dos campeões gauleses, visto que fez o que os seus antecessores haviam feito: dominar as provas internas. 

«Faço um balanço muito positivo. As experiências devem ser sempre capitalizadas e devemos aprender sempre com elas. Somos seres racionais que têm que pensar assim.  Ganhámos a Taça, a Supertaça e Liga em ano e meio, mas claro que o projeto do PSG é ganhar a Champions e tudo o que não seja a conquista da Champions pode ser sempre considerado um fracasso. De qualquer forma, é um fracasso de cinquenta anos… Não apenas da última temporada, porque o PSG, especialmente nos últimos dez, onze anos, com a chegada dos novos donos, pretende ganhar a Champions», atirou. 

Substituído por Galtier no comando do PSG, Pochettino frisou que Messi «é o melhor jogador do mundo» e que Mbappé «é um candidato» a ocupar o trono do argentino.