A transferência de Anthony Martial do Monaco para o Manchester United por um valor a rondar os 80 milhões de euros foi, com alguma surpresa, a «grande «bomba» do mercado. Uma semana de emoções fortes para o jovem avançado de 19 anos que, além da transferência, foi também chamado pela primeira vez à seleção de França para o jogo particular com Portugal [sexta-feira, em Alvalade]. A expetativa não podia ser maior para a conferência de imprensa que estava marcada para esta quarta-feira, em Clairefontaine, mas Martial respondeu a todas as perguntas com toda a serenidade, «sem pressão».
 
Foi a transferência mais cara da história do futebol francês, mas Matial prefere não relacionar o seu valor com os valores envolvidos. «Não sei se valho 80 milhões de euros. Aceitei o desafio pelo lado desportivo. É uma loucura para um jovem da minha idade, mas é o mercado. Esse montante foi negociado entre os dois clubes, não fui tido nem achado em nada. A mim cabe-me mostrar o que sei fazer. Não sinto qualquer pressão particular», contou.
 
Já depois de estar ao serviço da seleção, Martial foi a Manchester assinar contrato e manteve um primeiro contato com o treinador Louis van Gaal. «Perguntou-me onde é que preferia jogar e respondi-lhe que era no eixo, ao centro. Ele disse-me que posso fazer várias posições, estou à disposição dele. Vou dar sempre o meu melhor», referiu.
 
O jovem avançado recebeu «conselhos preciosos» de Morgan Schneiderlin, jogador francês que trocou o Southampton pelo United, mas também ouviu o mediático Wayne Rooney dizer que não o conhecia. «É normal que não me conheça. Não joguei muito na liga francesa (52 jogos, 11 golos) e ainda não joguei pela seleção. Da minha parte, estou muito contente por jogar ao lado dele, um grande jogador que me vai ajudar a progredir», destacou ainda.