Praticamente sete meses, Antoine Griezmann confessa que ainda hoje não consegue rever a final perdida diante de Portugal no Euro 2016, bem como a derrota na final da Liga dos Campeões pelo Atlético Madrid.

«Não vi mais esses dois jogos, é algo que tenho de confessar. Vi todos os jogos da Liga dos Campeões e do Euro 2016 novamente, mas parei nos das meias-finais (risos)»

«Foram as primeiras finais que disputei e perder ambas não foi fácil. Nunca gostei de perder. Não consegui olhar para as outras equipas a levantar os troféus na Liga dos Campeões. No Euro 2016 foi diferente, vi a celebração dos portugueses porque disse a mim mesmo que da próxima seria a minha vez e não podia arranjar melhor motivação do que aquilo»

«Claro que tenho grandes memórias da época passada, mas perder a final da Liga dos Campeões e do Europeu foram duas das maiores desilusões da minha carreira. É por isso que um dos meus objetivos a curto prazo é voltar à final e estou convencido de que quando isso acontecer eu estarei no lado dos vencedores», referiu o avançado francês em entrevista à FIFA, esta quarta-feira.

Apesar do desaire em casa, Griezmann disse estar otimista para o Mundial 2018, acreditando que a seleção francesa vai conseguir fazer melhor na Rússia do que aconteceu nas duas últimas competições.

«Fomos um pouco infelizes tanto no Mundial 2014 como no Euro 2016. Fizemos um grande Mundial e fomos quase perfeitos no Europeu, mas Portugal defendeu muito bem na final e tirou o máximo proveito das oportunidades que teve. Ainda assim estou otimista e penso que temos uma equipa talentosa, um bom treinador e um grande ambiente no balneário. Começámos bem o trajeto para o Mundial 2018 e acredito que podemos olhar com bons olhos para o futuro», sublinhou.

O gaulês voltou a falar também da importância de Diego Simeone no seu desenvolvimento enquanto jogador, deixando rasgados elogios ao técnico dos colchoneros.

«Simeone mudou-me, trouxe tantas coisas ao meu jogo que é difícil até descrever. Digamos apenas que não seria reconhecido como um dos melhores do mundo se não fosse ele. Mais do que tudo ele ajudou-me a ser mais eficaz em frente à baliza, a converter as oportunidades que aparecem e, claro, a correr mais e trabalhar duro para a equipa. Não se consegue singrar no Atlético Madrid de outra forma (…) disse-me muitas coisas importantes na final com o Real Madrid, porque senti-me o culpado da derrota por ter falhado o penalti», contou.