O presidente do Barcelona, Joan Gaspart, admitiu ter sido ele foi a enviar à Comissão Delegada do clube a proposta para substituir o treinador, que foi finalmente aceite pelo resto dos dirigentes dos culés. Ainda assim, Gaspart definiu esta segunda-feira como «o dia mais triste como presidente do Barcelona» e anunciou o começo de um «período de reflexão».  

«Abrimos um período para estudarmos conjuntamente, nos próximos meses, o que é melhor para o FC Barcelona», sublinhou o presidente. «Hoje acabou uma etapa pela qual assumo toda a responsabilidade», admitiu Gaspart. 

Enquanto o presidente lamentava a situaçao, o novo treinador, Carlos Rexach, mostrou-se optimista com as possibilidades da equipa e adiantou que podia obter «sem demasiados problemas» o apuramento para a Liga dos Campeões, pois o plantel tem «qualidade suficiente». 

Rexach afirmou, na mesma conferência de imprensa em que se anunciou a destituição do treinador, que não queria ocupar a posição do antigo treinador Serra Ferrer, pois tinha funções «mais relaxadas e confortáveis» no clube. Mas o Barcelona era a minha segunda casa e não podia deixar de lhe responder», afirmou o novo treinador, que tem como objectivos imediatos «recuperar a alegria e a moral dos jogadores». 

O novo técnico começa o seu trabalho amanhã, embora a maior parte dos jogadores estejam com as suas equipas nacionais, e terá o seu primeiro jogo oficial na próxima quinta-feira, nas meias-finais da Taça Catalunha contra a Gramanet da Segunda Divisão B. 

Nessa mesma quinta-feira, Serra Ferrer vai despedir-se dos seus jogadores. O antigo técnico vai continuar ligado ao clube como secretário técnico, pois tem ainda mais três anos de contrato com o clube, embora o presidente tenha reconhecido que vão negociar a rescisão no caso, provável, de o antigo técnico não querer continuar no Barcelona. Serra Ferrer, porém, não quis falar com a comunicação social, mantendo em aberto a sua posição no futuro próximo.