Ikpe Ekong Prince tornou-se esta semana no novo Bosman. O jogador nigeriano revolucionou o sistema de transferências no futebol italiano, ao criar um precedente que possibilita a contratação de jogadores extra-comunitários na série C italiana e que pode ter consequências na limitação de estrangeiros nos escalões principais.  
 
O nome de Prince poderá tornar-se tão famoso como o de Jean-Marc Bosman, mas futebolisticamente o sucesso também tem andado arredado da carreira do nigeriano, como aconteceu com o belga.  
 
Prince, de 22 anos, é centrocampista e foi contratado pela Reggiana na época de 95/96, quando ainda actuava na Nigéria, no Julius Berger. Em 96/97 foi emprestado ao FC Koper, da Eslovénia, e no ano seguinte rumou ao Guadalajara, no México.  
 
Em 98/99 foi novamente chamado à Reggiana, que ainda actuava na série B, onde é permitida a inclusão de um número limitado de extra-comunitários. Passou a época passada novamente fora, no Uta Rad da segunda divisão da Roménia.  
 
Querendo voltar ao clube italiano esta temporada, o facto de a Reggiana ter descido à série C impossibilitou a sua inscrição no campeonato. O jogador nigeriano decidiu então levar o caso a tribunal, que lhe deu agora razão e obrigou a Federação italiana a aceitar a sua inscrição na Reggiana.