Martín «El Loco» Palermo, ídolo e goleador do Boca Juniors (Argentina), foi acusado este sábado de ter agredido e roubado a câmara a um repórter fotográfico da revista uruguaia «Gente» em Punta del Este, segundo avançaram hoje os orgãos de comunicação social de Buenos Aires.

A denuncia foi apresentada na cidade uruguaia de Maldonado pelo fotógrafo Fernando Arias, que assegurou ter sido agredido com murros na cara por Palermo esta madrugada num local da noite de Punta del Este, estância balnear frequentada por ricos e famosos argentinos. Segundo a agência estatal Télam, o goleador deve prestar declarações ainda durante este sábado na Polica de Maldonado, perto de Punta del Este (a 135 km da capital Montevideo).

Em declarações à imprensa, o jornalista agredido afirmou ter sido analisado durante a manhã por um médico forense, que constatou as lesões na face que «obstruía a visão no olho direito». Arias referiu que o incidente ocorreu esta madrugada quando Palermo reagiu a murro e pontapé à fotografia que o repórter tentava tirar numa discoteca da moda chamada «Tequila». Este sustentou, ainda, ter sido vítima do roubo da sua câmara, aparentemente por acompanhantes do futebolista. 

Este incidente aconteceu poucas horas depois de Palermo ter visto frustrada a transferência para o Nápoles de Itália, em negociações que tiveram lugar precisamente em Punta del Este. Segundo o seu empresário, Marcardi, «chegou-se à conclusão de que não havia razões para continuar a ceder às pressões do Nápoles. No final da negociação, os italianos não tinham sequer os avales bancários".  

O Nápoles pretendia comprar 50% do passe de Palermo e ficar com o direito de opção para em Junho negociar a metade restante. Pelo seu colega Barros Schelotto o acordo compreendia um empréstimo, com opção de compra definitiva. Sendo assim, e segundo imprensa desportiva argentina dos últimos dias, o futuro de Palermo poderá passar pelo futebol inglês, com Chelsea e West Ham a manifestarem interesse pelos seus serviços.